Cargill estuda aquisição de frota própria para a próxima safra
Estabelecer pisos mínimos para o frete rodoviário de cargas à granel inviabiliza a comercialização antecipada de grãos e traz grandes impactos financeiros, afirma a Cargill em nota enviada à imprensa há pouco.
Segundo a companhia, maior exportadora de soja no Brasil e uma das maiores do mundo no trading de grãos, como o preço do frete ocorre com base na oferta e na procura e os agricultores, as indústrias e os exportadores se basearam na análise desses parâmetros para definir seu modelo operacional.
“Com o tabelamento, indústrias e exportadores terão que repensar a forma como irão operar no Brasil, pois cria-se uma ruptura no funcionamento natural da cadeia de suprimentos e desequilibra os contratos, a ponto de comprometer a confiança na expansão sustentável do agronegócio”, diz o diretor de grãos e processamento da Cargill para América Latina, Paulo Sousa. “O tabelamento abre caminho para oportunistas trabalharem na informalidade, de uma maneira bastante pulverizada e sem condições de controle e fiscalização, aplicando descontos nos preços de transporte sob uma tabela sem critérios técnicos e insanamente acima dos níveis realistas de mercado”.
A Cargill ressalta que segue comercializando grãos e aplicando as diretrizes da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Mas uma alternativa a essa fixação de preços altíssimos que a empresa analisa para a próxima safra é o investimento na verticalização das operações, ou seja, aquisição de frota própria de caminhões e contratação de motoristas.
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