ABPA alerta que 1 bi de aves e 20 mi de suínos poderão morrer nos próximos dias
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alerta que 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos poderão morrer nos próximos dias devido à falta de ração no campo.
O acordo consolidado ontem entre Governo Federal e caminhoneiros ainda não surtiu efeito nas estradas. Caminhões com carga viva não são autorizados a transitar. A situação mais grave está no trânsito de ração, que está sendo impedido.
Em diversos locais já há falta de insumos e animais estão sem alimentação. Aqueles que ainda contam com estoques, estão fracionando para prolongar ao máximo a oferta do alimento.
A mortandade de animais é iminente e há risco de canibalização. Os reflexos sociais, ambientais e econômicos são imponderáveis.
Nesta sexta-feira, a ABPA registrou 152 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas. Mais de 220 mil trabalhadores estão com atividades suspensas.
A situação setorial é caótica. Empresas poderão fechar devidos aos prejuízos causados pela paralisação. Uma intervenção rápida e forte por parte do governo é urgente para evitar a mortandade de milhões de animais.
Falta de ração causada por greve provoca canibalismo entre aves
A greve dos caminhoneiros, que impede a chegada de ração e insumos às granjas no interior de Minas, está provocando canibalismo entre os frangos. Normalmente, essa situação ocorre quando há uma superpopulação no local de criação ou quando há uma carência de vitaminas nos alimentos das aves. Elas então passam a se agredir comendo as penas umas das outras, o que chega a provocar ferimentos que podem levar à morte. “Os frangos estão comendo outros frangos devido à falta de ração”, diz o diretor da Associação Mineira de Avicultores (Avimig), Cláudio de Almeida Faria.
Altamente dependente do transporte, a avicultura é um dos setores que mais sofrem com a paralisação dos caminhoneiros. Desde o início do movimento, tem havido mortandade de pintinhos e também de frangos antes do ponto de abate por causa da falta de ração. Cláudio Faria informa que está ocorrendo nas unidades de criação em Minas a mortandade de 36 mil frangos por hora, sem que os animais estejam em ponto de abate.
Leia a notícia na íntegra no site do Correio Braziliense.
Foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press
No Globo Rural: Aves e suínos em caminhões estão sem comer há mais de 50 horas
Caminhões carregados com aves, bovinos e suínos estão parados nos bloqueios dos caminhoneiros em todas as regiões do país e submetendo os animais à fome. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), há casos de animais sem alimentação há mais de 50 horas. A entidade pede que o movimento dos caminhoneiros cumpra a promessa de liberar o transporte de animais e rações em todos bloqueios, para evitar mortalidades e maiores prejuízos à cadeia produtiva.
“Os danos ao sistema produtivo são graves e demandarão semanas até que se restabeleça o ritmo normal em algumas unidades produtoras”, diz a ABPA.
O fluxo de veículos transportando ração animal também está travado, impedindo a chegada de alimentos às granjas, maior parte são pequenas propriedades. “A situação nas granjas produtoras é gravíssima, com falta de insumos e risco iminente de fome para os animais.”
Leia a notícia na íntegra no site do Globo Rural.
Transporte de animais segue prejudicado com greve, diz Scot Consultoria
O transporte de bovinos para abate segue prejudicado com a greve dos caminhoneiros, informa a Scot Consultoria, em nota. Sem condições de adquirir matéria-prima, alguns frigoríficos suspenderam todos os processos industriais e outros estão abatendo somente o gado que está no curral ou próximo da indústria, diz a Scot. "Além dos efeitos no processo de industrialização, a greve também afetou o escoamento da carne, e alguns frigoríficos estão com os estoques cheios."
A consultoria acrescenta: "O reflexo sobre o preço da carne para o consumidor dependerá do estoque no varejo. Mas se a greve perdurar, o abastecimento de carne pode ser afetado."
Leia mais no site do Globo Rural com informações do Estadão Conteúdo.