Nota oficial: FAEMG acredita ser justo movimento dos caminhoneiros
O aumento nos preços dos combustíveis impacta fortemente os custos de produção das atividades agropecuárias, no suprimento de insumos e no escoamento das cargas pelo país, com reflexos diretos no preço dos alimentos.
As discussões sobre os preços dos combustíveis estão centradas no custo do barril de petróleo, na flutuação cambial e na CIDE. Entretanto, precisamos avançar sobre os tributos federais, como PIS/PASEP e Cofins. E, também, sobre o ICMS. Pesadíssimos! Em Minas Gerais, a incidência desse imposto, na bomba, é de 31% sobre a gasolina, 16% sobre o álcool e de 15% sobre diesel. A soma dos tributos federais e estaduais supera, em alguns estados, como o nosso, a barreira dos 40%.
Este quadro demonstra, mais uma vez, que no Brasil a elevação dos tributos é sempre a saída mais fácil para a solução imediata de caixa decorrente da falta de planejamento do poder público.
Por isso, é justo o movimento dos caminhoneiros, mas, também, eles deveriam permitir a passagem de veículos com alimentos para não prejudicar a população.
Precisamos mudar os rumos do país.
A FAEMG e os Sindicatos Rurais, juntamente com a CNA, estão empenhados nessa luta, pois a sequência de crises afeta a todos, especialmente o produtor rural, no custo da sua produção.
Roberto Simões
Presidente do Sistema FAEMG
Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais