Aumento das importações de fertilizantes preocupa mercado, afirma diretor do IEA

Publicado em 12/04/2018 16:06

Em 2017, as vendas de fertilizantes no Brasil totalizaram 34.438 mil toneladas de produtos, volume que representa pequena expansão (+1,04%), em relação ao mesmo período do ano anterior. A colheita recorde do ano passado possibilitou a recomposição de estoques globais, afetando a cotação das commodities nas bolsas internacionais, o que desestimulou a decisão de ampliar o investimento nas lavouras, afirma Celso Luís Rodrigues Vegro, diretor do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. 

De acordo com o pesquisador, embora o aumento no volume total tenha sido pouco relevante, alguns estados apresentam percentuais bastante expressivos, como São Paulo, que responde pela maior fatia da produção do segmento sucroenergético, e investiu, em 2017, + 6,2% na compra de fertilizantes; ou os estados das regiões Norte e Nordeste, fronteira de avanço do cultivo de grãos, que alavancaram a demanda por fertilizantes em + 4,1%, quando comparados aos volumes adquiridos no ano anterior. 

A indústria nacional de fertilizantes iniciou 2018 com estoque de 5.334 mil toneladas de produtos. Houve sensível diminuição na produção nacional, em 2017, porém ampliaram-se as importações, resultando em oferta mais abundante. O dispêndio com importações de matérias-primas e produtos intermediários para fertilizantes alcançou US$ 7,781 bilhões (FOB) com elevação de 20,17% frente ao ano anterior. A forte dependência das importações de fertilizantes e matérias-primas destinadas à produção de fertilizantes, constitui, na atualidade, a principal fragilidade do agronegócio brasileiro. 

Combate aos ilegais 

O Brasil tem uma extensa e rigorosa legislação para regular a produção e venda de defensivos agrícolas, envolvendo tanto os que são produzidos no País quanto os que vem do exterior. Para garantir que o produtor tenha segurança ao adquirir o produto, foi lançada no dia 19 de março a “Campanha contra a venda ilegal de Agrotóxicos e Defensivos Agrícolas pela Internet”. A iniciativa, resultado de uma parceria entre a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura, a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV) e o site de compras Mercado Livre, faz parte de um conjunto de ações que envolvem o controle da venda e utilização dos defensivos. 

São Paulo tem aproximadamente dois mil produtos registrados para uso nas lavouras, com aproximadamente 200 empresas fabricantes e 1650 canais de distribuição. Razão pela qual é importante monitorar a comercialização e utilização destes produtos. 

Para ler o artigo na íntegra e conferir as tabelas e gráficos, clique aqui.

Fonte: IEA

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