Yara vê mercado de fertilizantes mais lento no Brasil no início do ano
Por José Roberto Gomes
SUMARÉ, São Paulo (Reuters) - A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara, líder do mercado no Brasil com fatia de 25 por cento, avalia que os negócios de adubos no país começaram mais lentos no início do ano, quando produtores estavam mais reticentes em fechar negócios, disse nesta quarta-feira o presidente da empresa no Brasil, Lair Hanzen.
Mas ele disse, sem elaborar, que o mercado pode melhorar.
"O compasso (de vendas de fertilizantes) foi um pouco mais lento neste início de ano. Consequentemente nossos estoques também estão maiores. Mas acreditamos que esse mercado não volta para trás", afirmou o executivo em evento da Yara em Sumaré, onde a empresa inaugurou uma unidade de fertilizantes foliares.
Os preços de soja e milho ficaram mais firmes por influência da quebra de safra na Argentina pela severa seca, o que disparou vendas de produtores.
Questionado sobre o impacto disso para os negócios da Yara, ele evitou fazer comentários, ressaltando apenas que a perspectiva de agora em diante é favorável com as compras para próxima safra.
Sem vendas anteriormente, o agricultor acabou ficando descapitalizado e adquiriu menos insumos para as lavouras de soja e, principalmente, de milho safrinha.
As vendas de fertilizantes no Brasil atingiram um recorde no ano passado de 34,4 milhões de toneladas, mas no primeiro bimestre recuaram cerca de 2 por cento, segundo dados da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda).