Coamo tem receita global de R$ 11,07 bi e distribui R$ 318 mi em sobras aos seus mais de 28 mil associados

Publicado em 16/02/2018 16:48

A Coamo Agroindustrial Cooperativa – maior cooperativa agrícola do Brasil,- realizou na sexta-feira (16), em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), a 48ª Assembleia Geral Ordinária (AGO), com participação de centenas de associados de todas as regiões atendidas pela cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Na AGO foi apresentado e aprovado o balanço do Exercício 2017 que registrou receita global de R$ 11,07 bilhões e também a distribuição das sobras aos associados no montante de R$ 318 milhões a partir desta segunda-feira (19), de acordo com a movimentação de cada um no exercício de 2017 na cooperativa. Participaram também o presidente do Sistema Ocepar José Roberto Ricken e o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo na Câmara Federal, Osmar Serraglio, além de representantes de diversas instituições financeiras e parceiros da cooperativa.

A receita global da Coamo de 2017 sofreu uma redução de 3,32% em relação ao ano anterior. O presidente da cooperativa, José Aroldo Gallassin explica que o estoque de passagem dos produtos agrícolas tem aumentado significativamente nos últimos anos - em 2017 foi de 43,66 milhões de sacas. “Se estes volumes fossem comercializados no ano, ao preço médio de venda, importaria em R$ 2,24 bilhões. Os bens de fornecimento que foram contratados em 2017 e não retirados importaram em R$ 805,98 milhões.  Considerando a somatória dos valores dos estoques de passagem de produtos agrícolas, ao preço médio de venda e dos valores dos bens de fornecimento contratados e não retirados, elevaria as receitas globais do ano para R$ 14,12 bilhões, o que proporcionaria um crescimento de 23,3% em relação ao ano anterior.”

De acordo com Gallassini, os preços dos produtos agrícolas sofreram menos variações ao longo de 2017, decorrentes dos estoques confortáveis após grandes safras ao redor do mundo. “A cotação do dólar também não sofreu variações expressivas, ficaram em média 9% inferior a 2016. O ritmo de comercialização foi lento, dada a retração dos produtores quando os preços recuaram para níveis mais baixos.”

Gallassini informa que essa postura do cooperado  causou grande pressão sobre a logística, ocasionou falta de espaço para armazenar a safra, mas um impacto positivo na recuperação dos preços. “A soja que chegou a R$ 55,00 durante a colheita foi a R$ 65,00 na entressafra e o milho que ficou em R$ 16,00 durante a colheita, foi para R$ 23,00. Ficaram distantes dos níveis praticados em 2016, porém acima do valor obtido no período da colheita. O trigo também recuou na colheita para R$ 32,00 recuperando-se gradualmente para R$ 35,00 após constatadas as quebras de produtividade, caminhando para níveis mais próximos da paridade de importação.”

Recebimento – A Coamo recebeu em 2017 um total de 7,66 milhões de toneladas de produtos, na maior safra já recebida pela Coamo, representando 3,2% da produção brasileira de grãos. “Para o recebimento desta produção contamos com uma capacidade estática de armazenagem de 5,42 milhões de toneladas a granel e 983,26 mil toneladas de ensacados, totalizando 6,40 milhões, representando um crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior.”

Industrialização – Durante o ano de 2017 foram industrializados um total de 1,34 milhão de toneladas de soja; 202,87 mil toneladas de trigo; 3,37 mil toneladas de café beneficiado e 6,09 mil toneladas de algodão em pluma. O Parque Industrial é composto por indústrias para o processamento de soja, refinadora de óleo vegetal, fábrica de margarina e gordura vegetal hidrogenada, torrefadora e moagem de café, fiação de algodão e moinho de trigo. 

Exportações – A Coamo exportou 3,84 milhões de toneladas de produtos com um faturamento de US$ 1,29 bilhão e continua entre as maiores empresas exportadoras brasileiras. Além destes volumes, foram comercializadas 796,69 mil toneladas de produtos destinados à exportação, no montante de US$ 272,64 milhões.

Fatos - Como principais fatos relevantes neste ano, o presidente destaca a entrada em funcionamento de dois novos entrepostos no Mato Grosso do Sul - Itaporã e Sidrolândia-  e do Posto de Recebimento de Produtos Agrícolas no Distrito de Ivailândia, município de Engenheiro Beltrão (PR), além do início efetivo das obras das indústrias de processamento de soja e refinaria de óleo de soja em Dourados (MS).

Impostos e taxas- No ano passado, a Coamo gerou e recolheu o montante de R$ 463,63 milhões em impostos, taxas e contribuições sociais, valor este superior em 8,1% em relação ao ano anterior.

Participação  - Gallassini destaca que o 2017 foi marcante para a Coamo. “Destacamos a reestruturação organizacional, o recorde de recebimento da produção dos associados e a construção de novas Unidades e escritórios administrativos, o que contribuiu para o nosso sucesso neste ano. Os bons resultados alcançados devemos à confiança e apoio do nosso quadro social nas suas operações com a cooperativa e ao trabalho dedicado de nossos funcionários”, comemora o presidente da Coamo.

Fonte: Coamo

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