Ministério da Agricultura define uso de nova vacina da febre aftosa em 2019

Publicado em 01/02/2018 08:31

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Agricultura definiu que a nova vacina contra a febre aftosa, em doses de 2 mililitros, valerá a partir da campanha oficial de vacinação de maio de 2019, de acordo com comunicado divulgado na noite de quarta-feira.

O anúncio ocorre pouco mais de uma semana após o governo aprovar um regulamento para a produção, controle de qualidade e comercialização dessas vacinas para bovinos e bubalinos no Brasil.

Em linhas gerais, as doses da vacina passarão a ter 2 ml, ante 5 ml atualmente, e não contarão mais com o vírus C em sua composição, dada a ausência de surtos de febre aftosa provocados por essa cepa.

A indústria também retirará o adjuvante saponina, apontado no ano passado como a responsável pelo aparecimento de abscessos ("caroços") na carne bovina, o que levou os Estados Unidos a suspenderem as importações da proteína brasileira.

Havia uma expectativa no setor de que a nova dose valesse já para a campanha de novembro de 2018, mas o Ministério da Agricultura optou por deixar a mudança para 2019.

Em nota, o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, disse que é preciso cautela, medidas técnicas e estudos científicos, pois o Brasil está em fase final de erradicação da aftosa e de reconhecimento como país livre da doença com vacinação, status que deverá ser obtido internacionalmente, em maio, junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

"A ambição do Ministério da Agricultura é ousada e faremos tudo para atingir os objetivos, apesar do tamanho do território brasileiro e do grande número de animais", afirmou.

O Ministério da Agricultura destacou ainda que o pleito do setor privado, de que animais com mais de 30 meses não sejam vacinados, depende de decisões técnicas e científicas.

A retirada completa da vacinação deverá acontecer a partir de 2023, processo que será finalizado em 2026, conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), concluiu a pasta.

(Por José Roberto Gomes)

Fonte: Reuters

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