Nota de Repúdio: Sindicato Rural de Joviânia/GO lamenta a redução de benefícios fiscais para cadeias produtivas
Diante do Decreto Estadual nº 9.075, assinado pelo Sr. Vice-Governador, José Elinton de Figuerêdo Júnior, que entrou em vigor neste 1º de novembro, reduzindo benefícios fiscais de uma série de cadeias produtivas importantíssimas para o nosso estado de Goiás, dentre elas a do leite, do arroz, da carne, do setor sucroalcooleiro e do feijão, o Sindicato Rural de Joviânia vem manifestar seu completo repúdio a esta e todas outras medidas recentes em âmbito estadual e federal que em uma ânsia arrecadatória estão sangrando o produtor rural e toda a população.
Em nota, a própria Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás admitiu esperar um incremento de 822 milhões de reais de arrecadação em 2018 com a referida medida. É quase um bilhão de reais por ano - só no estado de Goiás - deixando os bolsos dos produtores e indo para o buraco sem fundo das contas públicas, que infelizmente não se revertem como se deveria para a população, na forma de investimentos constitucionalmente previstos em saúde, segurança e educação.
Aliás, é quase um bilhão de reais por ano deixando não os bolsos dos produtores, nós produtores não deixamos dinheiro parado no bolso - ou em contas na Suíça, como fazem muitos políticos. Nós produtores rurais investimos incessantemente no aumento de produtividade, na modernização do maquinário, na diversificação, na irrigação, na geração de empregos no campo e na cidade. É quase um bilhão de reais a menos por ano deixando a terra que alimenta e ajuda a sustentar este país.
Sendo assim, reiteramos nosso repúdio ao Decreto Estadual nº 9.075, que se juridicamente válido, mostra-se imoral e desrespeitoso ao nosso setor, e implica em menos investimentos, perda de competividade frente a outros estados e aumento do preço de alimentos à população. Mais uma demonstração de inépcia - ou má-fé - de nossos governantes, ao enfrentarem a grave crise econômica que assola o Brasil por meio de medidas imediatistas e irresponsáveis, carecendo de todo de um plano estruturado de longo prazo.
Joviânia, 16 de novembro de 2017.