Chinesa Cofco vende negócio de sementes na América Latina à Syngenta

Publicado em 06/11/2017 09:21

PEQUIM/PARIS (Reuters) - A trading chinesa de grãos Cofco International fechou acordo para vender sua unidade de sementes para a Syngenta, com sede na Suíça, em um momento em que a empresa revê seus negócios após uma série de grandes aquisições no exterior.

O negócio para a venda da Nidera Seeds, que opera na América Latina, foi anunciado pela Cofco International e pela Syngenta em um comunicado nesta segunda-feira.

Os valores da operação não foram abertos, mas um porta-voz da Syngenta disse que espera que as aprovações regulatórias sejam concluídas até o final do ano ou no início de 2018.

Os planos da estatal Cofco de vender seu negócio de sementes haviam sido noticiados pela Reuters em agosto, e fazem parte do último passo no processo de integração da trading holandesa Nidera pela companhia.

"O acordo é um importante passo em nossa estratégia de focar em nossos negócios principais", disse o presidente executivo da Cofco International, Johnny Chi, em nota.

A Cofco gastou mais de 3 bilhões de dólares com a compra da Nidera e da Noble Agri nos últimos três anos, entrando no time das grandes tradings de commodities globais.

A Cofco International foi criada em abril deste ano para combinar as atividades de trading no exterior, mas perdas herdadas da Nidera levantaram incertezas sobre as perspectivas de curto prazo da companhia.

O negócio de sementes da Nidera é concentrado na Argentina e no Brasil, com uma rede em países vizinhos, segundo o site da Cofco Internacional. Ela foca em milho, girassóis, sorgo, soja e trigo.

Mas a venda para a Syngenta significa que o negócio continuará sob controle chinês, uma vez que a ChemChina fechou neste ano a aquisição do grupo suíço de químicos agrícolas e sementes.

O setor de sementes global tem passado por uma série de negócios multibilionários de consolidação, conforme as empresas que abastecem produtores são pressionadas por preços persistentemente baixos dos produtos agrícolas.

(Por Dominique Patton em Pequim, Gus Trompiz em Paris e Joshua Frankkin em Zurique)

Fonte: Reuters

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