Veja o vídeo da destruição: MST o toca terror na Bahia (prejuízo de 60 milhões)

Publicado em 03/11/2017 13:33
e ninguém está preso... (O Antagonista)... Invasões em fazendas de Correntina-BA são contestações ou ações criminosas de cunho ideológico? (NOTÍCIAS AGRÍCOLAS)

O vídeo que mostra membros do MST destruindo instalações da produtora de alimentos Igarashi, no município de Correntina, Oeste da Bahia, na quinta-feira (2) está circulando nas mídias sociais. O Notícias Agrícolas teve acesso às imagens e reproduz seu conteúdo abaixo.

Chega a R$ 60 milhões o prejuízo causado por "terroristas" que invadiram fazendas e destruíram equipamentos na quinta-feira no município baiano de Correntina. A avaliação foi feita por empresários do agronegócio local, segundo o portal Tribuna da Bahia ( e publicado no blog O Antagonista).

Eles contaram mais de 20 pivôs destruídos, 2 colheitadeiras, 3 caminhões, 1 pá carregadeira, 1 retroescavadeira e uma patrol, além de 11 tratores queimados.

“Segundo alguns empresários, os invasores chegaram em caminhões e em mais de 10 ônibus e começam a destruir todo o que encontravam pela frente. A fúria maior se estendeu sobre a fazenda Igarashi. Lá eles pegaram uma Patrol e arrancaram 20 pivôs da propriedade, transformando-os em um monte de ferro retorcido.

Não satisfeitos, os invasores ensandecidos derrubaram e danificaram os postos da rede elétrica, destruíram as bombas, motores e tubulações de captação de água do Rio Arrojado.

O cenário é de devastação (…). Há muita tensão e a sensação de desamparo, principalmente com a inação do governo. (…) A polícia chegou depois que tudo estava destruído e não prendeu ninguém. (…) Os empresários do agronegócio perguntam quem pagará o prejuízo (…).”

A empresa divulgou nota que também reproduzimos em seguida.

“Nota de esclarecimento:

A Lavoura e Pecuária Igarashi vem esclarecer que suas instalações no município de Correntina, estado da Bahia, foram ilegal e arbitrariamente invadidas por indivíduos que, arrebentando cercas, ateando fogo nas instalações, destruindo maquinários, todo sistema de energia, tratores, ameaçando seus colaboradores, promoveram um ato de vandalismo injustificável e criminoso, ferindo, inclusive, um de seus colaboradores.

A Igarashi ressalta que todas as atividades desenvolvidas possuem as autorizações ambientais, que por sua vez percorreram toda tramitação perante aos órgãos ambientais competentes, sendo que somente foram iniciadas as atividades após a regular conclusão de todos os processos de autorizações e licenças com seus estudos, inspeções, vistorias e conclusões.

Atuando na produção de alimentos consumidos diretamente pela população do estado da Bahia e região nordeste, com papel fundamental para a mesa da família brasileira – produzindo e fornecendo batata, cenoura, feijão, tomate, alho, cebola e outros, tudo para consumo interno, sob rigorosos padrões de conservação ambiental e forte investimento em tecnologia, que possibilita o uso sustentável dos recursos naturais.

A Igarashi repudia, veementemente, todos os atos criminosos de vandalismo praticados, dos quais foi vítima. Ato que não tem qualquer legitimidade ou justificativa ambiental, ao tempo em que adotará todas as medidas legais para defesa dos seus direitos e responsabilização dos indivíduos que cometeram referidos atos de vandalismo.

A Igarashi reforça seu compromisso permanente com o desenvolvimento sustentável, preservação da integridade física das pessoas, garantia da ordem e segurança, ao tempo em que continuará sua missão de produzir alimentos para a mesa da família brasileira.”

Invasões em fazendas de Correntina-BA são contestações ou ações criminosas de cunho ideológico? (NOTÍCIAS AGRÍCOLAS)

Com o fim da recente invasão às fazendas Igarashi e Curitiba, no município de Correntina -BA, produtores da região e de todo o Brasil, tentam  entender os motivos que levaram esse  grupo a uma atitude tão radical.  A explicação inicial vem da preocupação dos moradores da região com a retirada de água do Rio Arrojado, para abastecer os sistemas de irrigação das propriedades rurais e que tal procedimento poderia gerar transtornos ao abastecimento de água nos municípios do entorno do rio.

No entanto, aparentemente, não existem irregularidades no processo e tão pouco, redução da vazão do rio em função das irrigações.  Inclusive, a própria Secretaria Estadual do Meio Ambiente da Bahia  confirma que as fazendas têm autorização do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado (INEMA) para irrigar 2,5 mil hectares com volumes de 180 metros cúbicos por dia, atendendo assim, a necessidade de 32 pivôs.

Em nota de repúdio, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão aponta que o rio Arrojado, causa da manifestação e da violência na Fazenda em Correntina, está com a vazão normal para este período do ano e nunca teve riscos de seca.

E pondera que antes de serem levados ao ato de destruição, os representantes do movimento deveriam avaliar de forma objetiva qual o verdadeiro uso das águas para a Irrigação.

Em outro trecho , de uma análise não menos pertinente, a Associação afirma acreditar que muitos dos manifestantes podem estar sendo incentivados, de forma inconsequente, por lideranças que se recusam a dialogar ou se inteirar dos fatos científicos e das leis que autorizam os mais diversos usos das águas.

A confirmação dessa postura pode ser observada em áudios que estão veiculando pelas mídias sociais, ainda com identificação controversa de seus autores, mas que o Notícias Agrícolas decidiu repercutir para mostrar que existe mais uma questão ideológica por trás das invasões, do que simplesmente só uma preocupação com o meio ambiente.

 

 

 

E uma preocupação ainda maior é que as ações de vandalismo verificadas nas fazendas em Correntina, possam se espalhar para outras propriedades pelo Brasil. As convocações, também em áudios nas redes sociais e sem identificação dos autores, mostram a intenção de dar continuidade às invasões. Ouça a seguir:

 


Tal preocupação está motivando lideranças do agronegócio a se mobilizarem contra as ações e buscarem a identificação, junto à justiça, dos reais influenciadores de grupos como esse, que no caso de Correntina, se autodenomina moradores da Comunidade Ribeirinha do Rio Arrojado.

Vejas as fotos no momento da invasão:

         

Veja as instalações antes da confusão:

  

E como ficaram após a invasão

              

Imagem a seguir mostra a localização da propriedade nas proximidades do rio Arrojado, em Correntina, na Bahia, onde funcionavam as bombas de irrigação que foram destruídas. 

2018: a incerteza e o otimismo

De Míriam Leitão, no Globo:

“Muitas empresas que têm planos de investir vão esperar um ano antes de realizar os projetos porque dependem do que ocorrerá na eleição do ano que vem. Os bancos estão com liquidez e capacidade de financiar o investimento, mas não haverá demanda porque o grau de incerteza nesta eleição é maior do que nas anteriores. O crédito vai parar de cair em breve, mas as grandes operações devem ficar em suspenso por enquanto.

O ritmo do crescimento no ano que vem será modesto, mas os economistas começam a ter previsões mais otimistas. O governo mandou ao Congresso, embutida no Orçamento, a projeção do PIB de 2%. O Banco Central divulgou seu cenário com uma taxa de 2,2%. Alguns economistas apostam em 2,5% ou até 3%. O país começa a deixar para trás a mais prolongada recessão da sua história, mas será uma saída lenta e sujeita às turbulências políticas dos tempos atuais.”

O Antagonista acrescenta que, em entrevista à Folha, a economista Marcelle Chauvet, professora-assistente da Universidade da Califórnia Riverside, foi ainda mais otimista, apostando em crescimento de 3,5% em 2018.

“Acho muito difícil ter choques negativos que possam tirar a economia do lugar. O consumo está muito deprimido, o investimento está represado por tanto tempo que daqui a pouco não vai ter por onde. Tem que ser algo fenomenal para a economia sair do curso neste momento.”

Fonte: Notícias Agrícolas+O Antagonista

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