Com água do mar e luz solar, fazendas cultivam alimentos no deserto
Não é uma miragem. Alguns dizem que esse é o futuro. Em pleno sul de Wadi Araba, parte do deserto do Saara na Jordânia, onde temperaturas escaldantes e apenas ‘escassos demônios’ dão sinal de vida, uma equipe de engenheiros ambientais está trabalhando em uma solução para países que estão na linha de frente das alterações climáticas, enfrentando secas e o aumento das temperaturas.
Os engenheiros estão desenvolvendo uma fazenda sustentável que utiliza energia solar para dessalinizar (tirar o sal) da água do mar para cultivar regiões que estiveram áridas por séculos. Em seguida, o objetivo é escoar a irrigação para proteger as terras estéreis e protegê-las de uma nova desertificação.
Projetos similares tiveram sucesso em um vizinho: Israel. Contudo, o desafio de criar uma fazenda totalmente sustentável no meio do deserto jordaniano é ainda maior para um país que não pode desperdiçar seus cada vez mais escassos recursos hídricos.
A Jordânia vem enfrentado problemas hídricos por décadas, com um sistema sobrecarregado pelo crescimento da população. Impulsionada por ondas de refugiados, a população praticamente dobrou em 10 anos, passando de 5 milhões em 2004 para 9,5 milhões em 2015.
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