Agro deve ter peso menor no PIB nos próximos meses, avalia Bradesco
Se o agronegócio foi o principal responsável por garantir o crescimento da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano, o mesmo não deve ser esperado para os períodos seguintes. O setor deve ter menos peso nas contas nacionais afirmou, nesta quinta-feira (9/6), a economista Fabiana D’Atri, do banco Bradesco.
No intervalo de janeiro a março deste ano, a economia brasileira apresentou crescimento de 1% em relação ao último trimestre de 2016, depois de oito retrações seguidas. Na mesma comparação, o Produto Interno Bruto (PIB) da Agropecuária brasileira cresceu 13,4%.
“A agropecuária teve a maior safra de grãos da história e acabou impulsionando o PIB de maneira extraordinária. A cadeia vai continuar agregando valor à economia, mas, para efeito de PIB, o resultado ficou concentrado no primeiro trimestre”, disse a economista, durante o Coffee Summit, promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em São Paulo (SP).
Na avaliação do banco, a economia brasileira deve terminar o ano estável. Já no segundo trimestre, sem o efeito da produção agropecuária, o país deve registrar uma retração de 0,4%. No terceiro, deve ficar estável e ter uma recuperação de 0,5% nos últimos três meses do ano. Para 2018, o cenário é mais positivo, com uma expectativa de crescimento de 2% na economia nacional.
A economista do Bradesco destacou ainda que o forte aumento da produção agrícola é um dos fatores que vem ajudando a desacelerar os índices de inflação, acomodando os preços de alimentos.
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