Cultivo de oliveiras cresce no RS e atrai estrangeiros
Acostumado a exportar produtores rurais para rincões distantes, o Rio Grande do Sul vem experimentando o caminho inverso ao receber investidores de fora atraídos pelo potencial do cultivo de oliveiras. Com clima propício para a cultura, temperaturas baixas no inverno e estações definidas, o Estado está se tornando um polo nacional na produção de azeite de oliva — despertando o interesse de empresários brasileiros e até de grupos internacionais.
Agrônomo Fernando Rotondo, mobilizou produtores, como o grego Galanos (à esq.) Foto: Duda Pinto / Especial
Diretor de uma grande empresa de agroquímicos até 2008, o agrônomo peruano Fernando Rotondo conheceu a Fronteira Oeste ainda quando representava uma multinacional. Logo que deixou o cargo, decidiu apostar nas oliveiras em uma região do Estado até então dominada pela pecuária de corte.
— Eu era um extraterrestre aqui, me chamavam de aventureiro — lembra Rotondo, 66 anos, que forneceu mudas para os primeiros produtores da Fronteira Oeste.