Índia deve ser a nova China para o agronegócio nos próximos anos
Em dez anos, a Índia se tornará para o agronegócio o que a China é hoje. Foi o que destacou o economista e palestrante Ricardo Amorim, nesta segunda-feira (13), durante o primeiro dia do “Simpósio Internacional de Vitaminas e Tecnologias”, organizado pela empresa DSM, em Guarulhos (SP). Para dar suporte ao seu raciocínio, Amorim usou como argumento o fenômeno de um novo crescimento da classe média mundial, principalmente nos países emergentes. Segundo ele, a expansão da classe média acarreta diretamente em maior consumo de carnes, de proteína animal.
De acordo com Amorim, o papel da Índia como grande consumidor de produtos agrícolas será puxado pelo aumento de renda da população. “Hoje, a renda média do cidadão indiano é um quinto da renda do chinês”, disse. Amorim pontuou que, em um prazo de uma década, quando a China tiver consolidado seu salto de consumo, será a vez de a Índia carrear a demanda. “Ou seja, teremos aí mais uns 30 anos de forte demanda, sem contar outros países asiáticos.” Segundo ele, a Índia – mesmo com renda média inferior à da China – já mexe, por exemplo, com o mercado de açúcar. “Por quê? Porque se trata da fonte de energia mais barata que existe”, pontuou, ressaltando que “a importância do agronegócio na economia mundial será cada vez mais crescente”.
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