Setor produtivo dos EUA envia carta a Trump e pede manutenção dos benefícios do NAFTA

Publicado em 01/02/2017 11:21
Entidades querem modernização do acordo

Com as recentes sinalizações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a intenção de rever o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), entidades do agronegócio norte-americano enviaram uma carta à Casa Branca demonstrando preocupação.

Os grupos agrícolas nos Estados Unidos pedem ao novo líder para considerar os benefícios do acordo ao mercado agrícola norte-americano. Os representantes entendem que há espaço para melhorias, mas dizem que parte do sucesso do NAFTA é a colaboração entre os EUA, Canadá e México.

"Embora algumas lacunas importantes no acesso às exportações dos EUA ainda permaneçam, o aumento do mercado com o NAFTA tem sido uma surpresa para os agricultores, fazendeiros e processadores de alimentos dos Estados Unidos", diz a carta. "As exportações de alimentos e agricultura dos EUA para ambos os países mais do que quadruplicaram, passando de US $ 8,9 bilhões em 1993 para US $ 38,6 bilhões em 2015", acrescenta.

Entre as entidades que assinaram a cartão estão a Federação Americana de Fazendas, Associação Americana de Soja, Associação Nacional dos Produtores de Milho e o Conselho Nacional de Produtores de Suínos.

"Ao longo de sua campanha, o Presidente Trump falou da necessidade de dar aos agricultores um papel ativo para ajudar a tomar decisões políticas que nos afetam. Este é claramente o primeiro desses casos, e estamos ansiosos para nossa parte nesse processo", disse, em comunicado separado, o presidente da Associação de Soja, Ron Moore.

Na carta as entidades destacam a vontade de trabalhar com a nova administração para tornar as indústrias e a economia dos EUA cada vez mais competitiva. "Estamos focados em melhorar nosso país e esperamos trabalhar com o Trump para modernizar o NAFTA".

O comunicado ainda ressalta que a produtividade da agricultura norte-americana têm crescido além da demanda local, por isso o setor - e as comunidades que dela dependem - precisam fortemente das exportações para sustentar preços e receitas.

Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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