Veneno de aranha e proteína de vírus podem ser arma poderosa contra a mosca branca
Uma proteína artificial, com ação inseticida, pode ser uma poderosa ferramenta de controle da mosca-branca, praga que ataca culturas como soja, algodão, feijão e tomate. Por meio da biotecnologia, cientistas da Embrapa Hortaliças (DF) estão desenvolvendo uma proteína formulada a partir da associação de outras duas, uma tóxica e outra pertencente a um begomovírus, o microrganismo transmitido pela própria mosca-branca.
A proteína artificial é obtida a partir da fusão da proteína da capa proteica (CP) do vírus – responsável por formar um envoltório que reveste o material genético desse microrganismo – com uma molécula tóxica isolada do veneno de aranhas. Essa molécula possui efeito letal e específico para insetos, desde que atinja a hemolinfa, que é o líquido que circula nos vasos dos animais invertebrados, como se fosse o sangue em animais vertebrados, e alcance o sistema nervoso central do inseto, causando paralisia.
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