Agronegócio é galinha dos ovos de ouro no Brasil, diz presidente da New Holland
Presidente mundial da montadora New Holland, que atua com tratores e colheitadeiras, o italiano Carlo Lambro vem ao Brasil de dois em dois meses. E não só por causa do pão de queijo, que devora com vontade durante uma entrevista para a Folha.
"O Brasil é uma das áreas mais importantes para a empresa; tem um potencial enorme", diz Lambro. "A crise não mudou nada nossos planos de investimento."
Em dezembro, ele esteve em Curitiba, sede de uma das fábricas do grupo. Ao lado do vice-presidente para a América Latina, Alessandro Maritano, balançava a cabeça em consentimento quando o colega falou que o agronegócio é "a galinha dos ovos de ouro" da economia brasileira.
"O setor não vai ser impactado facilmente por mudanças políticas, porque tem um peso muito grande. Quem mexer pode matar a galinha dos ovos de ouro", diz Maritano, que lidera as operações no Brasil.
Para os executivos, o agronegócio tem ajudado a arrefecer a crise e pode impor uma marca positiva no PIB brasileiro ainda em 2017.
"Há fazendas no Brasil que são grandes como uma região da Itália. Milhares de hectares, imagine", comenta Lambro. "É um nível de investimento e abertura muito maior."
A empresa, que trabalha especialmente com pequenos e médios agricultores, viu uma retração nas vendas nos últimos dois anos: caíram entre 50% e 60%, uma "queda dramática", segundo Lambro.
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