Gazeta do Povo: Matopiba busca redenção no campo com expectativa de safra cheia
Os últimos quatro anos não foram animadores para os produtores rurais do polo agrícola que envolve os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o chamado Matopiba. Por causa do clima, principalmente dos longos períodos de estiagem, o rendimento das lavouras oscilou até atingir o chão na última safra, com quebras históricas, acima dos 60%. Agricultores que vivem há mais de 20 anos na região disseram nunca ter presenciado uma safra tão ruim. “A soja simplesmente derreteu. Nossa média de produtividade foi de 12 sacas por hectare. Nunca colhemos tão pouco”, conta o produtor Abel Pieta, que também é presidente do Sindicato Rural de Bom Jesus, no Piauí.
No entanto, o jogo começou a virar. Embalados pelo La Niña, evento climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, que provoca chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste do país, os produtores avançam no plantio com a esperança de retomar os índices de produtividade e recuperar os prejuízos causados pela safra passada. “Até o momento, as condições estão ideais para o plantio e condução das lavouras. Nós teremos um ano bom de chuvas e uma safra cheia”, afirma Luiz Stahlke, assessor de Agronegócio da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Em São Desidério, no Oeste baiano, o produtor Seiji Mizote vai cultivar 18 mil hectares de soja e 2,6 mil de milho. “Nós estamos otimistas. Já são quatro anos consecutivos de perdas aqui na região”, diz. Mizote, que tem parte das lavouras irrigadas, não teve uma produtividade tão baixa quanto outros produtores, mas colheu uma quantia suficiente apenas para pagar os custos.
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