Brasil é autorizado a exportar material genético avícola para a Malásia

Publicado em 30/11/2016 14:53
Embarques podem começar logo, segundo comunicado do governo malaio

O Brasil abriu mais um mercado para exportar ovos férteis e pintos de um dia. O governo da Malásia comunicou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que aceitou proposta brasileira de modelo de Certificado Zoosanitário Internacional (CZI). Com isso, o país já pode começar a vender esses produtos aos importadores malaios.  A conclusão da negociação é resultado da missão à Ásia coordenada pelo ministro Blairo Maggi, que percorreu sete nações daquele continente, entre o fim de agosto e setembro deste ano, para ampliar as parcerias comerciais do agronegócio brasileiro.

Hoje, o Brasil vende material genético avícola para cerca de 50 países das Américas, do Oriente Médio, da África, Europa e Ásia. Em 2015, os embarques desses produtores renderam ao país algo em torno de US$ 123 milhões, segundo o Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa.  Neste ano, o Ministério da Agricultura fez acordos de certificados zoossanitários para exportação de genética avícola com Cuba, Índia, Turquia, Etiópia, México e Estados Unidos. Essas ações fazem parte do esforço para elevar de 6,9% para 10% a participação do Brasil no mercado agrícola mundial em cinco anos.

A decisão de estabelecer o acordo com o mercado brasileiro foi comunicada pelo Departamento de Serviços Veterinários (DVS) do Ministério da Agricultura e da Agroindústria da Malásia à Embaixada do Brasil em Kuala Lumpur. No comunicado, o governo malaio informa ainda que as exportações podem iniciar imediatamente, sem a necessidade de auditoria prévia pelas autoridades daquele país para avaliação dos controles operacionais e sanitários adotados nos estabelecimentos produtores de genética avícola registrados pelo Mapa.

Na avaliação do Departamento de Saúde Animal do Mapa, o acesso ao mercado da Malásia se deve ao reconhecimento internacional do grau de excelência sanitária dos plantéis avícolas brasileiros. Reflete também, acrescenta o DSA, os investimentos em pesquisa feitos pelo Brasil ao longo da última década, que permitiram desenvolver linhagens de alto valor genético. Esses produtos são atrativos a países que necessitam melhorar a produtividade dos seus plantéis.

Fonte: Mapa

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Especialistas do Congresso ABAG/B3 avaliam o posicionamento do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono
Inteligência artificial e inovação otimizam pulverizações no canavial e otimizam custos
Mapa apresenta aos BRICS programa de conversão de pastagens degradadas do Brasil
Socorro aos produtores gaúchos atingidos pela catástrofe depende da análise do Senado para sair do papel
Instituições educacionais trazem foco à gestão e sucessão familiar para ampliar atuação no agro