Lucro da Bunge frustra estimativas com safras baixas da América do Sul
A gigante global do agronegócio Bunge reportou lucro trimestral aquém das expectativas dos analistas, afetada por safras menores do que o esperado na América do Sul, onde estão localizadas muitas das plantas de processamento e silos de grãos da companhia.
O lucro bruto no agronegócio da Bunge, que compra, vende, estoca, transporta e processa grãos e sementes oleaginosas ao redor do mundo, caiu quase pela metade no terceiro trimestre com o clima adverso na América do Sul pesando sobre a produção de soja e milho.
A divisão de agronegócio respondeu por quase 71 por cento das vendas totais líquidas de 11,42 bilhões de dólares.
Nos últimos meses, a lenta comercialização dos agricultores no Brasil e na Argentina reduziram as margens da empresa na América do Sul.
A venda lenta deve persistir até o final do ano, disse o diretor financeiro da Bunge, Drew Burke, em um comunicado.
O lucro líquido disponível para os acionistas ordinários da Bunge caiu para 116 milhões de dólares, ou 0,83 dólar por ação, no trimestre findo em 30 de setembro, de 229 milhões de dólares, ou 1,56 dólar por ação, um ano antes.
O lucro ajustado por ação foi de 0,73 dólar, abaixo da média de estimativas de 0,81 dólar conforme a Thomson Reuters I/B/E/S.
(Reportagem de Vishaka George em Bengaluru, Índia, e Karl Plume em Chicago)