Lácteos ganha novo mercado, o Vietnã
A Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) acompanhou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na missão que resultou no acordo para o estabelecimento de Certificado Sanitário Internacional (CSI), abrindo o mercado para a exportação de lácteos para o Vietnã. O acordo foi um dos temas desta etapa da missão oficial à Ásia, realizada no último dia 16 de setembro.
De acordo com a FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), o Vietnã possui 92 milhões de habitantes, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em 2015, o País consumiu 110 mil toneladas de leite em pó, 17 mil toneladas de manteiga e quase 5 mil toneladas de queijos, todos frutos de importação.
A produção de leite no ano passado, também segundo a OCDE, foi de 365,2 milhões de litros, destinada à elaboração de produtos lácteos frescos, como pasteurizado e UHT. Mesmo para essa categoria de produtos há compras externas.
Pelo acordo, não haverá necessidade de missão de habilitação para as empresas brasileiras que pretendem exportar para aquele país, o que facilita o processo para que os negócios comecem a ocorrer. “Nas conversas entre empresários brasileiros e vietnamitas durante a missão, foi claro o interesse em algumas categorias de produtos, como por exemplo, queijos e leite condensado”, destaca o diretor executivo da Viva Lácteos, Marcelo Martins.
Ainda segundo a Associação, o apoio do MAPA para abertura de novos mercados é fundamental, à medida que leva às autoridades sanitárias de terceiros mercados informações sobre a produção nacional, como também sobre os sistemas de controle e avaliação aplicados pelo Ministério, dando confiabilidade ao outro país.
Entre os desafios do setor está a ampliação das vendas no mercado externo. Para tanto, a VIVA LÁCTEOS tem participado de missões para acesso a mercados, como no caso do Vietnã, organizado a vinda de autoridades estrangeiras para habilitação de plantas e desenvolvido ações de promoção comercial, como no caso das feiras de Moscou e Miami, estas em parceria com a APEX-BRASIL.