Auditores agropecuários participam de ação de combate à fraude de fertilizantes no Rio Grande do Sul

Publicado em 30/08/2016 15:20
Operação ocorre nesta terça-feira (30) em 22 municípios do Estado

Os auditores fiscais federais agropecuários estão empenhados em combater a fraude de fertilizantes no País. Nesta terça-feira (30), o foco estará voltado para o Rio Grande do Sul, quando os profissionais participam da Operação NPK. A ação conta também com a participação do Ministério Público, Polícia Civil e Brigada Militar. A equipe atuará em sete alvos suspeitos de produção e venda de fertilizantes fraudados.

A equipe coletará amostras em 18 propriedades rurais de agricultores que podem ter adquirido produtos adulterados. As ações serão desenvolvidas em 22 municípios do Estado, em diversas regiões.

Os auditores fiscais federais agropecuários farão a caracterização e a identificação dos produtos e das possíveis irregularidades, além da coleta de amostras, que serão encaminhadas ao Laboratório Nacional Agropecuário – Lanagro/RS, para análise material.

De acordo com a auditora fiscal federal agropecuária, Ana Lúcia Stepan, a fraude de fertilizantes é uma ação lucrativa e tende a aumentar, principalmente, em anos de elevação do dólar e consequente elevação do preço dos fertilizantes. A operação no RS, segundo a auditora agropecuária, é pioneira no País.

Em junho deste ano, durante investigações, os auditores agropecuários do Rio Grande do Sul realizaram fiscalizações em estabelecimentos comerciais, onde encontraram fertilizantes da marca Macrofértil. As etiquetas não apresentavam o número de Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As notas fiscais apresentadas levaram a um local onde foram encontradas matérias-primas, sacos com o produto elaborado e sacarias da marca citada.

As análises das amostras coletadas nos estabelecimentos, realizadas pelo Lanagro/RS, mostraram que o fertilizante que deveria ter uma formulação NPK (Nitrogênio, Fosfato e Potássio) de 10-18-20, tinha na verdade 3-4-13. Daí o nome da operação. O estabelecimento produtor clandestino foi embargado e autuado. “As informações colhidas e as análises realizadas até o momento levam a crer que os fraudadores estão utilizando misturas de ureia, cloreto de potássio e calcário granulado tingido, a fim de dar a cor acinzentada aos grânulos”, informou Stepan.

Para orientar os produtores rurais sobre as fraudes, a auditor agropecuário Henrique Bley cita algumas medidas que devem ser observadas no momento da aquisição de insumos agrícolas. “É importante comprar diretamente da empresa produtora ou de um representante comercial estabelecido, como agropecuárias e cooperativas; evitar comprar por telefone, internet ou de pessoas que visitem as propriedades rurais sem ter referências comprovadas; e sempre desconfiar de preços abaixo do mercado; entre outras medidas”, aponta o auditor agropecuário.  

 

Fonte: Anffa Sindical

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