Na Folha, coluna Vaivém das Commodities: Brasil desperta e cresce na produção de peixe, avalia Rabobank
O Brasil tem tudo para se tornar uma potência na aquicultura, seguindo o bom desempenho das carnes de frango, bovina e suína. Nessas o país já tem forte destaque na produção, com bom potencial de fornecimento para as demandas interna e externa.
A expansão brasileira na aquicultura virá devido ao aumento da produção de peixes de água doce —como tilápia, tambaqui e pirarucu. Além disso, o país tem a possibilidade de elevar a produção de frutos do mar, devido ao extenso litoral que tem.
Um dos componentes para a expansão da aquicultura no Brasil é o crescimento da produção de grãos. Estes representam os principais custos na atividade.
É o que mostra um estudo do Rabobank, banco especializado em agronegócio. Na avaliação dos analistas do banco, o crescimento da produção de tilápia avança 10% ao ano. Com isso, em 2020, o país estará produzindo 490 mil toneladas dessa espécie. No mesmo período, o país colocará no mercado 330 mil toneladas de tambaquis.
As possibilidades de crescimento existem, mas o país ainda tem um baixo consumo interno. O consumo anual de peixe é de apenas 10 quilos por ano, bem distante dos 45 quilos de frango e dos 30 de carne bovina.
Mas o caminho da produção passa por aprimoramentos da infraestrutura e da legislação. Serão necessários, ainda, investimentos, tanto por parte da indústria nacional como da de grandes grupos internacionais do setor.
A produção brasileira no setor de aquicultura ganha peso a partir de agora devido à melhora da competitividade brasileira, na avaliação do Rabobank.
O país teve boa parte do consumo interno fornecido pelo mercado externo em anos recentes, devido à valorização do real.
Leia a coluna na íntegra no site da Folha de S. Paulo.