Governo não pode taxar agricultura enquanto premia maus gestores, critica Senador Ronaldo Caiado
O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), criticou a proposta estudada pelo governo de elevar a carga tributária sobre a Agricultura. Em audiência com o ministro Blairo Maggi, nesta quinta-feira (23/06), ele ressaltou a contradição em elevar a taxação sobre o "único setor que tem dado certo" ao mesmo tempo em que libera recursos emergenciais para estados onde houve má gestão. De acordo com a imprensa, a intenção do Governo Temer seria acabar com a isenção no pagamento de contribuição previdenciária sobre a receita com a exportação de produtos agrícolas.
"É um grande desafio que o Ministério da Agricultura precisar encarar: vamos enfrentar essa tese de aumento de impostos justamente no setor que tem dado certo, que é referência em competitividade e na incorporação de tecnologia. Não podemos concordar com aumento de carga tributária quando vemos o governo concedendo anistia de R$ 50 bilhões a maus gestores nos estados", comparou.
Durante a audiência, Caiado também elogiou o perfil do ministro Blairo Maggi para assumir a pasta, lembrando de suas ações para o setor ainda quando governador do Mato Grosso. "Blairo tem um histórico de competência no setor. Quando governador, conciliou produtividade com logística e expandiu produção no estado com o maior potencial agrícola do país. Está trazendo a Agricultura de volta para o primeiro escalão do governo", afirmou.
Ministro da Agricultura quer evitar taxação adicional do agronegócio
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira que pretende negociar dentro do governo federal para impedir o avanço de estudos sobre o estabelecimento de uma taxação adicional sobre o agronegócio do país.
Maggi disse que se opõe à ideia ao ser questionado durante participação em audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, defenderá que empresas exportadoras paguem contribuição patronal ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), atualmente cobrada apenas em vendas para o mercado interno.
(Por Leonardo Goy)
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