UE fracassa novamente em definir futuro do glifosato

Publicado em 07/06/2016 07:34

A União Europeia (UE) não alcançou a maioria necessária para renovar a homologação do glifosato no bloco, no terceiro fracasso em validar esta substância muito utilizada em herbicidas, apesar de ter reduzido o tempo de autorização de 15 anos para 18 meses.

A Comissão Europeia, que propõe a autorização na UE e sobre a qual os 28 Estados-membros devem votar (a favor ou contra) indicou que estudará o caminho a seguir.

A UE tem de decidir se renova essa autorização, que expira em 30 de junho. Após essa data e se não houver acordo, o glifosato, amplamente utilizados pela indústria agrícola, não poderá mais ser utilizado no bloco.

“Não houve maioria qualificada”, indicou o porta-voz da UE, Alexander Winterstein, numa coletiva de imprensa.

Uma comissão de peritos, formada por representantes dos 28 países da UE, deveria votar a proposta da Comissão, que para ser adotada deveria contar com uma maioria qualificada, o que no sistema de votação da UE corresponde a 55% dos participantes com uma representação de 65% da população.

Uma fonte europeia indicou que 20 países votaram a favor de uma autorização, um votou contra e o resto, incluindo a Alemanha, se abstive.

A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, havia antecipado que Paris “não votaria a proposta de Bruxelas”.

A Comissão tem a possibilidade de recorrer da decisão do comitê de peritos, mas deverá decidir na terça-feira a próxima etapa a ser tomada.

Esta foi a terceira tentativa da UE de definir o futuro do glifosato. Em março, a Comissão propôs a renovação do glifosato por 15 anos, mas acabou por não submeter a proposta a uma moção por falta de uma clara maioria. Em meados de maio, em uma nova reunião em que a Comissão rebaixou a proposta de autorização a 9 anos, também não submeteu ao voto por falta de maioria.

Os estudos sobre as consequências do glifosato divergem. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) julgou como improvável que o glifosato seja cancerígeno.

Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.

Fonte: Gazeta do Povo

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