Plantação de oliveiras cresce e produtores querem cooperativa no ES
A plantação de oliveiras começou a ganhar espaço nas regiões frias do Espírito Santo. A expectativa é colocar o estado no cenário do azeite brasileiro. Em Santa Teresa, a cultura já preenche 30 hectares e o objetivo é que, até 2017, sejam plantados 150 hectares no município para viabilizar uma indústria coletiva.
“Nossa produção de azeite no Brasil é de apenas 2%. Nós importamos 98% do azeite. Então, tem mercado para muita gente. Aqui em Santa Teresa, quanto mais adeptos, melhor para a cooperativa e para a indústria que a cooperativa irá montar”, disse o produtor rural Neumiro Broseghini.
Por causa desse mercado com expectativa de crescimento, Neumiro aceitou o desafio de plantar oliveiras em Santa Teresa. O clima e a altitude acima de 800 metros tornam a região de montanhas do Espírito Santo propícia ao cultivo de azeitonas.
Em uma propriedade do município fica a unidade de observação das oliveiras, onde foram plantadas 40 mudas, que já estão com três anos de vida. Apesar de terem sido plantadas no meio do cafezal, já comprovaram o potencial do cultivo na região.
“A região Serrana do estado é vocacionada para o cultivo de oliveira, já que possui solos e climas semelhantes a de outras regiões produtoras do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul”, falou o engenheiro agrônomo do Incaper Carlos Sangali.
Na propriedade, também são cultivados pés de pêssego, de maçã e de uva, culturas que precisam das mesmas condições de solo e de clima do pé de azeitona.
“A gente tem que evitar os solos encharcados e áreas onde tem neblina e névoa. Quanto ao clima, ela desenvolve bem em clima de aproximadamente 19 ºC. Para frutificar, ela precisa de 150 a 200 horas de frio por ano, que se consegue no outono, quando as temperaturas abaixam de 12 ºC. Seria toda a região Serrana do Espírito Santo, que é apta ao desenvolvimento dessa atividade”, explicou o engenheiro.
Em 2015, 18 produtores plantaram oliveiras em Santa Teresa, o que totaliza 30 hectares cultivados no município. A expectativa é que, até 2017, sejam plantados 150 hectares para viabilizar uma indústria coletiva.
“O objetivo é ter uma cooperativa com a participação dos governos estadual, municipal e federal, em que vamos gerar renda, emprego e, mais do que isso, colocar o Espírito Santo no cenário do azeite brasileiro. Nós temos condições de produzir um azeite extra virgem de qualidade superior”, destacou Sangali.
A rentabilidade é o principal atrativo para os produtores, com custo inicial de R$ 10 mil por hectare. A oliveira começa a produzir a partir do quarto ano e estabiliza a partir do sexto ano, com produção de 10 toneladas de azeitonas por hectare.
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