Polícia tenta cumprir reintegração de posse em fazenda no oeste do Paraná
Cerca de 500 policiais militares tentam cumprir uma ordem de reintegração na Fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu, no oeste do Paraná, desde o início da manhã desta quarta-feira (18). Segundo os policiais, cerca de 250 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam o local desde março deste ano.
Por volta das 7h, havia tumulto na BR-277, que fica às margens da fazenda. Integrantes do MST atearam fogo em dois caminhões e fecharam os dois sentidos da rodovia.
De acordo com o MST, a área pertence aos irmãos Licínio de Oliveira Machado Filho, presidente da Etesco, e a Sérgio Luiz Cabral de Oliveira Machado, ex-presidente da Transpetro, ambos citados nas investigações da Operação Lava Jato.
A fazenda tem 1.750 hectares, 500 hectares destes de reserva legal e mata ciliar, 300 hectares de agricultura e 900 hectares de pastagem para gado de corte. A área também possui uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de 242 hectares, que faz parte do Corredor da Biodiversidade Santa Maria – faixa de vegetação que liga o Parque Nacional do Iguaçu ao Parque Nacional de Ilha Grande.
Antes da ocupação, os sem-terra estavam acampados às margens da BR-277, próximo à antiga Fazenda Mitacoré, atualmente Assentamento Antônio Tavares, em São Miguel do Iguaçu. Barracas abandonadas foram incendias.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o nome de Sérgio Luiz Cabral de Oliveira Machado, ex-presidente da Transpetro, foi citado pelo dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, na delação premiada em que lista políticos supostamente beneficiados com dinheiro oriundo do esquema de corrupção na Petrobras.
A época, Sérgio Machado, por meio de sua assessoria de imprensa, negou a denúncia de Ricardo Pessoa, da UTC. “Nos quase 12 anos em que Machado esteve à frente da Transpetro, a companhia assinou um único contrato com a UTC, em julho de 2006, no valor de R$ 38,6 milhões, para manutenção de tanques de combustível. Em agosto de 2008, a UTC alegou que o contrato era pouco lucrativo e buscou elevar seu valor. Como não houve entendimento com a Transpetro nesse sentido, a UTC decidiu abrir mão do contrato - cujo saldo, de R$ 4,3 milhões, foi então repassado para outra empresa, a Tecnesul.”
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