Matéria-prima para fertilizantes pode acabar em 80 anos, dizem cientistas

Publicado em 06/05/2016 07:35

Os estoques de fósforo, um dos produtos mais importantes na fabricação de fertilizantes, podem acabar em 80 anos. É o que dizem os pesquisadores da Universidade Washington, em Saint Louis, no meio-oeste dos EUA. Com base nisso eles trabalham para encontrar alternativas para a produção sustentável de alimentos. O objetivo é usar a tecnologia das nanopartículas em um esforço de abastecer a crescente demanda mundial por comida.

A técnica inovadora dos cientistas, usando nanopartículas de óxido de zinco, estimula o crescimento de um feijão rico em proteína através do melhoramento do modo de absorção dos nutrientes enquanto diminuiu a necessidade de fertilizantes feitos a partir de pedras de fósforo.

Ramesh Raliya, um dos cientistas da pesquisa, e Pratim Biswas, presidente do Departamento de Energia, Meio Ambiente e Engenharia Química, explicam que este é o primeiro estudo que mostra como mobilizar fósforo nativo no solo usando nanopartículas de óxido de zinco sobre o ciclo de vida das plantas, da semente até à colheita. Segundo eles, as lavouras de grãos precisam de fósforo para crescer, e os agricultores estão utilizando cada vez mais fertilizantes à base de fósforo à medida que aumentam a produção para alimentar a crescente população mundial.

No entanto, as plantas só absorvem 42% do fósforo aplicado no solo. Além disso, quase 82% do fósforo do mundo é utilizado como fertilizante, mas é uma oferta limitada, diz Raliya. “Se os agricultores usarem a mesma quantidade de fósforo como eles estão usando agora, a oferta mundial será esgotada em cerca de 80 anos”, disse. “Agora é o momento para o mundo para aprender a usar o fósforo de uma forma mais sustentável.”

Os testes foram feitos com um tipo de feijão cultivado especialmente na China, sudeste da Ásica e na Índia, onde 60% da população é vegetariana e baseia-se em fontes de proteína de origem vegetal. O feijão é uma cultura que se adapta facilmente em várias condições climáticas e é muito acessível para as pessoas cultivarem.

Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.

Fonte: Gazeta do Povo

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