Lucro da Bunge no 1º tri supera expectativa com exportações fortes da América do Sul
CHICAGO (Reuters) - A companhia agrícola norte-americana Bunge divulgou lucro melhor que esperado no primeiro trimestre nesta quinta-feira, com fortes exportações da América do Sul conforme as moedas fracas impulsionaram a demanda por remessas de grãos do Brasil e Argentina.
A companhia disse que sua perspectiva de crescimento do lucro em 2016 continua intacta, mas alertou que safras menores devido ao clima adverso na América do Sul, onde muitas das suas operações estão localizadas, podem criar fatores desfavoráveis no segundo trimestre.
"A demanda dos clientes é forte e as margens globais de processamento de soja estão melhorando. Colheitas menores na América do Sul, devido ao clima recente adverso, estão introduzindo uma nova dinâmica de mercado", disse o presidente-executivo da companhia, Soren Schroder, em comunicado.
O excesso de chuvas prejudicou uma porção das plantações de soja na Argentina, enquanto o tempo seco em áreas do Brasil ameaça reduzir a safra de milho de inverno do país.
A produção menor pode levar os agricultores a manter uma parcela maior de suas colheitas, o que pode prejudicar as remessas e as margens de processamento de companhias como a Bunge e as rivais Archer Daniels Midland e Cargill.
A Bunge divulgou lucro líquido disponível aos acionistas de 222 milhões de dólares, ou 1,60 dólar por ação, comparado aos 249 milhões de dólares, ou 1,67 dólar por ação, no mesmo período do ano anterior.
Excluindo itens, a companhia ganhou 1,41 dólar por ação, acima das expectativas dos analistas de 0,73 dólar por ação, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
A receita caiu para 8,916 bilhões de dólares, de 10,806 bilhões um ano atrás.