Temer tentará nome técnico para a Agricultura, mas pode ceder a partidos
Um nome técnico e escolhido entre os “notáveis” do agronegócio seria a opção do vice-presidente Michel Temer para o Ministério da Agricultura, caso assuma o cargo após um eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, durante a investigação do processo de impeachment contra ela. Segundo aliados, com o apoio maciço do agronegócio pelo impeachment, Temer teria de dar uma resposta ao setor, um dos poucos que ainda resistem à crise econômica.
De acordo com um interlocutor de Temer, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins se encontrou com o vice-presidente na semana passada. No encontro, Martins trouxe as preocupações do setor e informou a Temer que a ministra Kátia Abreu não representava mais os ruralistas. Procurado, Martins negou que tenha se encontrado com o vice-presidente.
Senadora pelo PMDB de Tocantins, Kátia Abreu optou pela fidelidade à presidente e deve voltar ao Senado caso Dilma seja afastada e Temer assuma o cargo. Ela será uma das articuladoras para tentar barrar o julgamento da presidente na Casa.
Mesmo em busca de um nome técnico, Temer poderia ceder aos partidos que apoiaram o impeachment e colocar um nome político no Ministério da Agricultura. A ideia é que esse nome tenha o perfil semelhante ao de Kátia Abreu que, antes de apoiar Dilma no processo de impeachment, era um consenso no setor.
Caso o perfil seja totalmente técnico, surge o nome do executivo e empresário rural João Sampaio, ex-secretário de Agricultura de São Paulo. Sampaio, que nega qualquer convite ou contato, tem ainda o perfil conciliador necessário para encarar a reação dos movimentos sociais do campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ainda a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), à saída de Dilma.
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