Remuneração do produtor de castanha de caju melhora no Nordeste

Publicado em 18/03/2016 10:39

Os preços da castanha de caju produzida no Brasil, comparados aos de fevereiro do ano passado, remuneraram bem os produtores nordestinos, sobretudo os dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, onde estão concentradas mais de 80% da produção nacional.  Nos três estados, a castanha foi comercializada bem acima do preço mínimo estabelecido pelo governo federal, de R$ 1,70 o quilo.

A análise de conjuntura da castanha, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento, demonstra uma alta de 45,16% no preço de mercado no Ceará, chegando a R$ 3,60 o quilo do produto em natura. No Rio Grande do Norte, a valorização foi de 36,58%, com valor  de comercialização de R$ 3,51 o quilo. Já no Piauí, a castanha subiu 30,21%, chegando a R$ 2,50 o quilo.

O aumento do preço da castanha in natura se deve, sobretudo, ao aumento da demanda interna e à diminuição da safra nos últimos anos frente ao clima seco da região, informa o analista de mercado da Conab Marden Teixeirense.

Apesar do ganho, o preço pago ao produtor ainda é baixo se  comparado ao do produto beneficiado que em alguns supermercados das grandes capitais chega a mais de R$ 50 o quilo. “Isso ocorre porque o beneficiador da castanha leva a maior parte. Se os produtores se organizassem melhor, como em cooperativas, o ganho deles seria outro”, avalia.

Para este ano, a estimativa de produção de castanha de caju, calculada pelo IBGE, é de 228,7 toneladas, com um aumento de 120% em relação à colheita de 015, de 102,7 toneladas. Cerca de 80% da produção vai para o mercado exterior, principalmente para Estados Unidos, Canadá e países baixos da Europa.

Os dados estão na página eletrônica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em  Conjuntura Mensal da Castanha de Caju.

 

Fonte: Conab

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