China lança investigações anti-dumping e anti-subsídios contra os EUA para componentes da ração
O Ministério do Comércio da China lançou, nesta quarta-feira (13), investigações de anti-dumping e anti-subsídio contra os Estados Unidos sobre alguns componentes para a fabricação de ração.
A medida se deu depois que alguns produtores chineses alegaram que alguns itens vendidos para a nação asiática estariam sendo comercializados "abaixo dos valores normais", prejudicando, portanto, a indústria doméstica. As informações partem do ministério chinês.
Ainda de acordo com os produtores da China tais produtos - entre eles o DDGS - são subsidiados pelos Estados Unidos sob cerca de 42 programas norte-americanos. E as investigações podem durar, ainda de acordo com o ministério, cerca de um ano sob condições normais, ou se estender para um ano e meio caso novas evidências entrem no processo.
O Conselho de Grãos dos Estados Unidos respondeu à medida da China por meio de pronunciamento de seu presidente e CEO, Thomas N. Sleight.
"Nós estamos desapontados de ver hoje o início das investigações anti-dumping do DDGS exportados para a China. Acreditamos que as alegações dos peticionários chineses são injustificadas e inúteis, já que podem ter um impacto negativo sobre os produtores norte-americanos de etanol e DDGS, bem como nos consumidores chineses por muitos anos. Nós também estamos confiantes de que nossas práticas de negociação tanto para o DDGS como para o etanol e todos os grãos forrageiros são justas em todo o mundo. Nós continuamos cooperando integralmente com essas investigações e iremos trabalhar de maneira ainda mais próxima com nossos membros para coordenar a resposta da indústria norte-americana. O Conselho de Grãos dos Estados Unidos tem trabalhado com a China desde 1981 para encontrar soluções para seus desafios de segurança alimentar ao desenvolvimento e comércio. E há mensuráveis efeitos positivos deste trabalho tanto para as indústrias de alimento, quanto para os setores de animais e ainda os consumidores chineses. Trabalharemos nos próximos meses para mostrar que essas denúncias são falsas, mesmo enquanto continuamos prontos para seguir expandindo nossa coooperação com a China nos assuntos agrícolas e de interesse mútuo".
Analistas internacionais já afirmam que um rompimento no comércio entre Estados Unidos e China, que é a maior importadora mundial de alimentos, poderiam impactar de forma bastante severa os mercados de milho e etanol dos Estados Unidos. Paralelamente, o desenrolar das investigações poderia trazer oportunidades ainda melhores para o produto brasileiro.
Com informações da agência chinesa Xinhua e do site norte-americano Farm Futures.