El Niño e crise elevam riscos para campo e a indústria em 2016
O agronegócio brasileiro deve ter em 2016 dificuldades que se equiparam às de 2015, quando a desvalorização do real ajudou a valorizar produtos exportados mas houve clara desaceleração na produção primária. O novo ano chega carregado de incertezas, embora prevaleçam previsões de aumento na renda bruta.
A expectativa é que a produção agrícola renda 3,7% mais que no último ano, conforme estudo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), somando R$ 329 bilhões. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2015 houve retração de 1,4% no Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola, para R$ 314 bilhões. O índice, puxado para baixo por recuo de 10% na cana-de-açúcar, não foi pior devido à soja e ao milho, que renderam 5% e 4% a mais, respectivamente, aponta o Mapa.
Os efeitos do El Niño em lavouras da metade norte do país podem levar a cortes na previsão da CNA. A redução das margens dos agricultores dificulta o desempenho de segmentos de serviços, comércio e indústria.
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