Desmatamos por uma das agriculturas mais produtivas, diz Kátia Abreu
A ministra da Agricultura, Katia Abreu, afirmou que o desmatamento no país foi para criar "uma das melhores e mais produtivas agropecuárias do mundo". "Que bom seria se pudéssemos produzir tudo o que produzimos sem ter desmatado uma árvore.
"Era um sonho, uma utopia que não é verdadeira. Temos que assumir isso com muita tranquilidade porque desmatamos não foi para deixar as áreas ao vento e ao léu. Foi para fazer uma das melhores e mais produtivas agriculturas do mundo", disse a ministra em balanço de fim de ano da pasta nesta quarta-feira (15).
Ela defendeu que o ministério trabalhe para reduzir o desmatamento ilegal no país mas que é preciso "tirar o preconceito e as acusações vãs" sobre práticas agrícolas no Brasil.
A ministra afirmou que a crise política atrapalha a produção agrícola, mesmo com o setor se mantendo em crescimento, e defendeu que a polícia precisa continuar seu trabalho de investigação para punir responsáveis por erros, mas que é preciso ter paz para a produção.
Sem citar nomes, ela afirmou que "duas a três pessoas" estão paralisando o país no Congresso.
Kátia Abreu disse que não acredita no impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo ela, o impedimento da presidente deve ser por um fato. "Aqui, decidiram pelo impeachment e estão procurando um fato. A posição está invertida. A presidente não praticou nenhum ato que justifique o impeachment", afirmou a ministra.
CUSTOS
Segundo a ministra, o ministério fez um corte de R$ 370 milhões em despesas consideradas desnecessárias, como a redução pela metade dos custos de passagens e diárias, para fazer investimentos nas áreas fins da pasta, como defesa agropecuária e pesquisa. A tentativa é aumentar o número de países que retiram restrições à importação brasileira com liberação prévia de licenças.
Um dos cortes do orçamento veio da fusão com a pasta da Pesca, que foi incorporada ao ministério com redução dos ministérios feita pela presidente Dilma este ano. O aluguel de um prédio da Pesca que custava R$ 800 mil por mês foi cancelado. O contrato de terceirização da antiga pasta foi reduzido em 70%.
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