Excesso de chuva traz perdas econômicas para a agricultura do Alto Vale do Itajaí (SC)
Os prejuízos na agricultura do Alto Vale do Itajaí devido ao excesso de chuvas podem passar dos R$307 milhões. O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, recebeu nesta terça-feira (17) o último relatório do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) contendo a estimativa de perdas econômicas nos 31 municípios do Alto Vale, incluindo Alfredo Wagner, Leoberto Leal e Santa Terezinha.
A região de Rio do Sul foi a mais castigada pelo excesso de chuvas. Na cultura da cebola, 72% da área plantada sofreu algum tipo de perda, comprometendo 62% da produção e os prejuízos podem chegar a R$ 141 milhões. A plantação de fumo também registra perdas, há comprometimento de aproximadamente 38% da área de plantio, o que representa 27% da produção perdida com prejuízos estimados de R$ 134 milhões.
O levantamento do Cepa/Epagri aponta que para a cultura do arroz irrigado, em função da localização das lavouras próximas aos rios, as perdas chegam a 33% da área plantada. Até o momento há registros de 19% da produção perdida, o que pode significar prejuízos de R$ 9 milhões.
Não foi só nas plantações que a chuva causou estragos. A bacia leiteira do Alto Vale, responsável por cerca de 4,5% da produção estadual, perdeu, neste período de excesso de chuva, quase R$ 2,3 milhões que correspondem a 2,2 milhões de litros de leite.
O relatório traz ainda dados sobre a fruticultura, principalmente a produção de uva de mesa, que registra perdas de 368 toneladas, ou seja, mais de R$ 625 mil. Ocorreram danos também nas culturas de ameixa, nectarina, pêssego e uva vinifera.
Os dados foram colhidos por técnicos da Epagri, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, em cada município da região. Foram contabilizados preliminarmente prejuízos financeiros que poderão ser conhecidos exatamente ao final da safra de cada cultura atingida.
A Secretaria da Agricultura e da Pesca e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri) não falam em perdas generalizadas, mas é fato que os altos volumes e longos períodos de chuva, além da baixa luminosidade, das últimas semanas têm dificultado o avanço do plantio, impedindo a colheita e provocando perdas na quantidade e qualidade de algumas cultura.
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