Farsul: Agronegócio evita recessão no Rio Grande do Sul
Conforme previsão feita pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul, em fevereiro deste ano, o agronegócio evitou que o Rio Grande do Sul entrasse em recessão no primeiro semestre. Levantamento realizado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) aponta que, no primeiro trimestre do ano, o PIB gaúcho cresceu 1%. Na composição, o agronegócio teve resultado de 2,3%, contra -3,1% da indústria e 0% nos serviços. Já no segundo trimestre, o estado obteve um crescimento de 0,2%, onde o agronegócio chegou a 5,8%, enquanto a indústria teve queda de -3,1% e os serviços também apresentaram resultado negativo de -1%.
Antes dos primeiros números do ano, o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, já indicava que a economia gaúcha se diferenciaria da nacional. A razão é a participação maior do agronegócio na composição do PIB estadual. “O Rio Grande do Sul se descola do Brasil graças ao agronegócio que serve de colchão para esse período de queda”, afirma da Luz.
Assim, na comparação com o mesmo período de 2014, o estado apresentou uma queda que é menos da metade do nacional. Enquanto o PIB brasileiro fechou os seis primeiros meses com um resultado negativo de 2,1%, o estado ficou em -0,9%. Entretanto, a projeção para o segundo semestre é de que o estado acabe por entrar em recessão devido a influência das finanças públicas. “O agronegócio não faz mágica, mas essa espécie de transfusão de sangue que ele faz na economia é o que evitou a recessão até agora”, explica da Luz.