Na Folha: Com preço menor de commodities, agronegócio investe em tecnologia

Publicado em 30/07/2015 07:52

Depois de colher mais uma safra recorde de grãos em 2015, os produtores rurais brasileiros se preparam para um novo ano, com margens potencialmente menores por causa do aumento dos custos de produção e da queda dos preços em dólares, além dos recorrentes problemas de logística e de infraestrutura.

O bom Plano Safra, anunciado em junho, pode ajudar a mitigar essa perspectiva –desde que os recursos prometidos cheguem ao campo em tempo hábil e a um custo suportável.

Velhos gargalos continuam incomodando os agropecuaristas, como a falta de uma política efetiva de renda que tenha um seguro rural digno do nome. Também são necessários a modernização do crédito rural e que mecanismos de comercialização sejam mais próximos ao mercado e mais independentes do governo.

Há mais problemas que continuam a perturbar o setor, como as legislações trabalhista e ambiental, as quais precisam ser revistas. Além disso, há falta de recursos para pesquisa, extensão e defesa sanitária. Também é necessária maior agressividade no comércio internacional, com acordos bilaterais.

AGILIDADE

Cobra­se, da mesma forma, a agilidade na liberação de novas moléculas de agroquímicos e a regionalização de políticas públicas, além da definição da questão da terra para estrangeiros e outros trombos que inibem a melhor movimentação da atividade produtiva. Há um tema cuja urgência vai se acentuando: agregação de valor.

Embora seja uma falácia a ideia de que exportar commodities agrícolas é um atraso, uma vez que o que se gasta de recursos com tecnologia em um grão de soja ou em uma fibra de algodão é uma enormidade, já passa da hora de ações público­privadas em direção à agregação de valor.

Não se trata de uma questão trivial: a China quer importar soja em grão para fazer a agregação lá e nós queremos exportar o farelo ou até mesmo a carne de frango ou produtos lácteos com a soja e o milho embutidos. Ambos temos razão. Como resolver isso? Com negociação entre governos, visando paulatino aumento das exportações de maior valor.

Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.

Fonte: Folha de S. Paulo

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