Novas tecnologias no cultivo da soja garantem aumento de produtividade e controle de pragas e doenças

Publicado em 26/06/2015 16:04

A utilização de tecnologia no campo tem aumentado os ganhos de produtividades nas lavouras brasileiras. Nos últimos 10 anos o Brasil produziu mais do que se comparado aos 20 anos anteriores.

Esses dados foram apresentados no Painel "Tecnologias do Presente e Futuro na Visão das Empresas", mediado pelo jornalista João Batista Olivi, no seminário De Onde Virão os Alimentos: O Desafio do Futuro, realizado pela Farsul (Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul) em parceria com Senar-RS e Casa Rural - Centro do Agronegócio.

Segundo Geraldo Berger, diretor de Regulamentação da Monsanto, três leis foram fundamentais para a evolução das pesquisas de tecnologia no campo, sendo elas a lei de biossegurança, a lei de propriedade industrial e a lei de proteção de cultivares. "Esses três marcos legais foram fundamentais para alavancar esse ganho de produtividade nos últimos 10 a 15 anos no Brasil", afirma.

Berger apresentou a tecnologia de RNA de Interferência, que promete ser uma nova evolução na área genética. A interferência por RNA (RNAi) é um mecanismo de silenciamento gênico que está em fase inicial de estudo, mas tem grande potencial de controlar pragas e plantas daninhas.

O diretor falou também dos resultados obtidos com a tecnologia da soja intacta RR2 Pro. Segundo ele o desempenho da soja transgênica RR2 Pro em lavouras gaúchas variou de 63 a 87 sacos por hectare na sua segunda safra comercial (2014/2015). “Os produtores conseguiram produtividade 10% maior na RR2 do que na RR", disse o executivo.

Também na área de biotecnologia, o diretor de Marketing Estratégico da Bayer, Mauro Alberton, informou que a empresa lançará no mercado brasileiro, nos próximos anos, uma nova tecnologia para manejo de ervas daninhas na cultura da soja.

“Dentro de uma mesma propriedade, temos áreas de soja com produtividade de 90 sacas por hectare, e outras, com 45. Se resolvêssemos esse problema, já sairíamos das 200 milhões de toneladas de grãos produzidas no Brasil para 250 milhões. O desafio é: como posso minimizar perdas e maximizar ganhos?”, questionou. Segundo ele, a solução depende da combinação de diferentes práticas.

Já o pesquisador da Embrapa Ricardo Inamasu afirmou que a agricultura de precisão, tecnologia da informação e comunicação e automação, serão indispensáveis no desafio de atender à demanda futura por alimentos. “Hoje, usamos relógios que são computadores ‘vestíveis’. E se a gente vestisse um animal com um equipamento, que permitisse saber antes que está prenhe ou com algum problema. Por que não vestirmos animais?”, exemplificou Inamasu.

Confira as palestras completas do painel "Tecnologias do Presente e Futuro na Visão das Empresas".

Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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