Agronegócio contribui com 32% das exportações mineiras no primeiro trimestre do ano
BELO HORIZONTE (07/04/2015) – O agronegócio contribuiu com 32% da pauta mineira de exportações, no acumulado de janeiro a março deste ano, totalizando US$ 1,8 bilhão e crescimento de 16,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O índice é considerado recorde, já que o percentual máximo atingido pelo agronegócio nas exportações totais do estado foi de 29% em 2009. A informação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com base em dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O principal produto da pauta de exportações do agronegócio continua sendo o café, que alcançou US$ 1 bilhão, indicando aumento de 40% no valor alcançado na comercialização externa em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo o Superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, o motivo desse acréscimo é a valorização do produto no mercado externo, uma vez que o volume exportado (1,7 milhão de sacas) foi o mesmo registrado no mesmo período do ano anterior. “O café foi negociado ao preço médio de US$ 209,63 a saca, enquanto que, no ano passado, a saca foi comercializada a US$ 149,76”, informa.
Café mantém cenário positivo
De acordo com o Superintendente, a atratividade dos preços do café se mantém para os próximos meses devido à desvalorização do real. Outro motivo para o cenário positivo é a perspectiva de valorização dos preços em função de redução da safra devido às intempéries climáticas.
O café representou 57,7% das exportações do agronegócio mineiro; complexo carnes (9,7%), alcançando US$ 176,5 milhões; complexo sucroalcooleiro (9,6%), somando US$ 174,9 milhões; produtos florestais (8,6%), totalizando US$ 157,5 milhões e complexo soja (7,2%), somando US$ 130,9 milhões. Esses cinco produtos respondem por 92,7% do total exportado.
Os principais países importadores do agronegócio mineiro, no primeiro trimestre, foram Alemanha (13,9%), Estados Unidos (11,8%), China (8,8%), Itália (7,8%) e Japão (7,1%).