Plenário do Senado anula norma que exigia emplacamento de tratores

Publicado em 12/03/2015 11:33

O Plenário do Senado anulou nesta terça-feira (10) a Resolução 429/2012, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A norma estabelece critérios para o registro de tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção ou pavimentação.
 
A manifestação dos senadores foi comemorada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que sempre lutou contra a medida. Estudos da CNA mostram que a medida, caso fosse mantida, elevaria os custos dos produtores rurais.
 
A decisão tomada pelo plenário do Senado foi baseada no Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 124/2013, apresentado pelo senador Blairo Maggi (PR-MT). Blairo lembrou que o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997) é bastante claro quanto a seu escopo: “o trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código” (artigo 1º).
 
Argumento - Diante disso, argumentou o senador, o interior de fazendas e outras áreas privadas destinadas à produção agropecuária não estão abrangidos no conceito de “vias terrestres abertas à circulação”, logo não são regidas pelo Código de Trânsito.
 
Na opinião do senador Blairo Maggi, o Contran não pode regulamentar a circulação de máquinas agrícolas utilizadas fora das vias públicas, exigindo-lhes Certificado de Registro Veicular, como propunha a resolução.
 
Para Blairo Maggi, o Contran exorbitou do poder regulamentador do Poder Executivo. O projeto seguiu para exame na Câmara dos Deputados.

Fonte: CNA

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Especialistas do Congresso ABAG/B3 avaliam o posicionamento do Brasil na transição para uma economia de baixo carbono
Inteligência artificial e inovação otimizam pulverizações no canavial e otimizam custos
Mapa apresenta aos BRICS programa de conversão de pastagens degradadas do Brasil
Socorro aos produtores gaúchos atingidos pela catástrofe depende da análise do Senado para sair do papel
Instituições educacionais trazem foco à gestão e sucessão familiar para ampliar atuação no agro