Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos apresenta medidas para solucionar paralisação
A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), representante legal dos caminhoneiros em âmbito nacional, apresenta hoje uma tabela de referência com valores de frete e insiste em soluções mais concretas para o preço do óleo diesel.
A tabela mínima de frete para caminhoneiros autônomos está sendo criada para os caminhoneiros para que eles exijam a sua aplicação. Hoje não existe nenhum valor de referência para o preço dos fretes. Para o presidente da Confederação, Diumar Bueno, "os caminhoneiros precisam se unir e exigir que os preços mínimos na tabela sejam pagos. Essa é a forma mais eficaz de protestar", declarou.
A confederação orienta que os caminhoneiros se mobilizem em frente às empresas que contatam os fretes e não carreguem a carga abaixo dos valores da tabela. "O valor do diesel ficará congelado por seis meses. E depois? Precisamos estipular um valor justo para o frete ou continuaremos na mesma situação de estrangulamento", avalia.
Os autônomos constituem metade da frota de caminhões do país, sendo que 80% das contratações dos caminhoneiros autônomos são intermediadas por transportadoras.
Diante da continuidade da mobilização dos caminhoneiros em alguns pontos do país, após serem apresentadas as propostas do Governo, a CNTA acredita que as negociações não podem parar com o pacote de medidas anunciadas, mesmo reconhecendo que houve conquistas de reivindicações históricas.
"Ameaças e multas têm se mostrado ineficientes para desmobilizar os protestos. Temos que partir para soluções concretas visando aos dois pontos principais: aumento do combustível e preço do frete", declarou Bueno.
Em relação ao óleo diesel, a Confederação afirma que é possível a diminuição da carga tributária levando a questão a Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) para efetivamente baixar os preços.
"Embora o valor do frete seja uma regulação de mercado, está mais do que comprovado que os caminhoneiros prestam um serviço de interesse público, então é evidente que o Governo precisa dar ênfase aos problemas enfrentados pela categoria".