RS: Custos geram cautela no setor de irrigação

Publicado em 18/02/2015 11:14
Aumentos da eletricidade e do óleo diesel podem causar redução na compra de equipamentos pelos agricultores

O setor de equipamentos para irrigação está mais cauteloso devido ao aumento das contas de energia e ao efeito da crise hídrica em alguns estados. Segundo estudo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), a elevação dos preços da luz e do diesel terão impacto de pelo menos R$ 172,00 por hectare nos custos de produção das lavouras irrigadas de milho, soja e arroz. Com o produtor menos capitalizado, a tendência é de diminuição na aquisição de implementos. Em São Paulo, a situação é agravada pela crise hídrica, o que tem atrasado a outorga de licenças ambientais. Entretanto, a indústria projeta triplicar a área irrigada no Brasil em médio e longo prazos. 

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, três fatores podem ter impacto sobre o setor neste ano. Além do aumento das contas de energia elétrica e a falta de água em determinadas regiões do País, a elevação dos custos de produção, especialmente da cultura do arroz no Rio Grande do Sul, também reduzirá a capacidade de investimento do agricultor. “Os arrozeiros estão gastando muito com pulverização no combate de doenças nesta safra. Com certeza, ele vai comprar menos implementos, pois sua margem vai diminuir”, afirma. 

O gerente comercial da Bauer Irrigation, de Passo Fundo, Djalma Dallagnol, afirma que a retração nas vendas dos fabricantes de máquinas e implementos de irrigação se arrasta desde 2014. Segundo Dallagnol, a perdas, na comparação com 2013, variaram entre 10% e 15%, cenário que deve se repetir neste ano. “Acreditamos que 2015 não será diferente. Sem dúvida haverá impacto no setor, pois o produtor está menos capitalizado, e a cautela em novos investimentos será uma realidade. Não somente pelo aumento dos custos de energia e combustível, mas também pelas perdas nas lavouras em função da estiagem em boa parte do País”, explica. 

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Fonte: Jornal do Comércio do RS

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