Pouca chuva não resolve crise hídrica em São Paulo
A irregularidade das chuvas com precipitações isoladas e passageiras acompanhada de temporal continua impedindo a recuperação dos reservatórios de abastecimento dos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo e de regiões próximas da capital paulista.
Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água armazenada no Sistema Cantareira caiu hoje (12) de 6,6% para 6,5% depois de ficar estável entre o último sábado e o domingo. Neste manancial de onde é retirada água distribuída a 6,5 milhões de consumidores, a quantidade de chuva atingiu 49,2 milímetros (mm) nos dez dias corridos deste mês de janeiro ante a média histórica do mês de 271,1 mm.
É uma situação mais confortável do que em igual período do ano passado, quando essa região sofreu o verão mais seco de todos os tempos. Nos dez primeiros dias de janeiro de 2014, o acumulado de chuva alcançou apenas 22,7 mm ante 58,5 (em 2013), 110 (em 2012), 296 (em 2011) e 168,4 (em 2010).
Entre ontem (11) e hoje (12) foram registradas quedas também nos níveis de operação dos demais sistema de abastecimento administrados pela Sabesp. No Alto Tietê (de 11,4% para 11,3%); Guarapiranga (de 39,5% para 39,2%), Alto Cotia (de 30,3% para 30,2%); Rio Grande (de 70,6% para 70,3%) e no Rio Claro (de 27,9% para 27,5%).
Para tentar evitar um colapso na distribuição de água, o governo do estado recorreu, na semana passada, a tarifa de contingência que pune quem consumir além do gasto médio do período entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 . O consumidor que elevar o gasto em até 20%, pagará um adicional de 40% e acima dos 20% terá a conta corrigida em 100%.
De acordo com as previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático, a tendência é de novas pancadas de chuva sempre nos finais de tarde tanto na região leste do estado de São Paulo, onde fica a capital paulista, quanto no sul de Minas Gerais, nas cabeceiras do Sistema Cantareira.