Erva Daninha: Aplicação de herbicidas na pré-emergência pode amenizar prejuízos na produtividade
Um estudo recente da Universidade de Minnesota mostrou que o uso de um herbicida na fase de pré-emergência da soja é benéfico e pode otimizar o manejo de plantas daninhas nas lavouras, reduzindo a densidade dessas plantas nas lavouras. As ervas daninhas que foram registradas no final da temporada também foram eliminadas quase em sua totalidade com a utilização desse "pré-herbicida".
Embora a temporada de plantio já esteja em andamento, os produtores norte-americanos têm sido incetivados a fazer essa pré-aplicação de herbicidas. Isso é particularmente importante em campos onde a população de daninhhas resistentes a esses produtos estão presentes ou são simplesmente suspeitas. Além disso, a importância aumenta quando as opções de produtos utilizados pós-emergência são limitadas ou quando sua eficácia também é limitada.
Os estudos não mostraram um aumento de rendimento nessas lavouras, porém, benefícios de longo prazo no trato dessas plantas, além de um aumento da diversidade de herbicidas.
O uso de pré-herbicidas poderiam ajudar não só nas ervas daninhas mais comuns, como também no aparecimento do amaranto, que surge durante um período mais prolongado de tempo, de acordo com a pesquisa da Universidade de Minnesota. Além disso, orienta-se também que os produtores tenham uma janela de cultivo mais ampla para que possam fazer a aplicação de herbicidas na fase de pós-emergência quando é feita também na pré.
De acordo com Stevan Knezevic, gerente da seção de ervas daninhas da Universidade de Nebraska, na cultura da soja, o produtor tem de 9 a 19 dias para o manejo das daninhas antes de começar a perder produtividade. Após o estágio crítico de controle dessas plantas, espera-se uma perda de aproximadamente 2% de rendimento para cada estágio alcançado.
Assim, depois desse intervalo, dependendo de cada lavoura, as perdas com ervas daninhas podem chegar a US$ 3,50 por dia em produtividade, segundo o pesquisador. Esse prejuízo, no entanto, pode ser ainda maior dependendo das espécies dessas plantas invasoras, conforme explica o professor da Universidade do Estado de Iowa, Mike Owen.
"Adotar um plano específico para o controle de ervas daninhas deve ser feito da mesma forma que o produtor escolhe e adapta híbridos e variedades para diferentes campos. É importante examinar intimamente cada campo de forma singular de acordo com as espécies de daninhas de cada local, bem como os tipos de solos. Os campos precisam de uma diversidade maior de tipos de manejo dessas plantas", afirma Owen.
Com informações do site Corn and Soybeans Digest.