Faturamento do setor agropecuário deve crescer 5,5% em 2014

Publicado em 24/03/2014 08:53
CNA estima que VBP será de R$ 444,8 bilhões, impulsionado pela valorização de preços

O Valor Bruto da Produção (VBP) do setor agropecuário em 2014 deve chegar a R$ 444,8 bilhões, crescimento de 5,5% em relação ao ano passado, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A alta será impulsionada pela valorização dos preços de comercialização nas principais culturas, dada a redução da oferta em razão da seca nas principais regiões produtoras do país, que afetou a atividade rural e reduziu as estimativas de produção. 
 
A projeção do VBP, que mede o faturamento bruto da atividade “dentro da porteira”, está acima da última estimativa divulgada pela entidade, em dezembro, quando a previsão para este ano era de R$ 438,2 bilhões, expansão de 3,2% em relação a 2013. De acordo com a CNA, a restrição de oferta deve sustentar a elevação das cotações este ano. O VBP da agricultura deve totalizar R$ 285,1 bilhões, 5,6% a mais do que em 2013, puxado pelo faturamento da soja, que terá alta de 8,8%, somando R$ 93,8 bilhões.
 
Apesar da estimativa de alta, o impacto das secas nas principais regiões produtoras este ano tem preocupado a CNA, diante das previsões de queda na produção em razão dos problemas climáticos. As perdas para o café devem chegar a 20%. A produção de soja está entre as mais prejudicadas, com queda de 5% na produção. A seca também afetou as lavouras na Argentina e no Paraguai, onde a colheita deve cair até 40%. “A estiagem é a principal preocupação dos produtores e dos agentes de mercado, já que as estimativas de perdas são expressivas”, explica o estudo.  
  
Para a pecuária, a previsão de faturamento este ano é de R$ 159,7 bilhões, quantia 5,3% superior à registrada em 2013, puxada pela carne bovina, cujo VBP deve ser de R$ 71 bilhões, elevação de 9% na comparação com o ano passado. “Os preços seguem a tendência altista, iniciada no segundo semestre de 2013, a qual se deve a restrição de oferta que é consequência da seca, na maioria das regiões produtoras”, afirma o estudo.

Fonte: CNA

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