Venezuela continua protestando contra regime chavista de Maduro

Publicado em 16/03/2014 09:15

Venezuela viveu mais um dia de confronto neste sábado (15). Manifestantes contra o governo se concentravam na praça Altamira, quando as forças de segurança, a pedido do presidente Nicolás Maduro, entraram em ação para esvaziar o local. Os integrantes do protesto reagiram e houve confronto, com direito a coquetéis molotov atirado por um lado e bombas de gás lacrimogêneo lançadas pelo outro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu que os manifestantes deixassem a praça Altamira, em que se concentravam. Caso contrário, as forças de segurança entrariam em cena para desocupar o local.

A leste de Caracas, a praça tem sido usada por manifestantes contra o governo como ponto de reunião nessas seis semanas que já duram os protestos na Venezuela.

Mais cedo, o presidente do parlamento da venezuelano, Diosdado Cabello, liderou uma marcha também na capital em apoio à Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e a Guarda Nacional Bolivariana (GNB), que atuam nos protestos realizados há um mês contra o governo.

"O povo que não brigou está na rua cumprimentando os membros da PNB e GNB, o quarto braço da Força Armada Nacional Bolivariana, que atuam contra as manifestações opositoras ao governo de Nicolás Maduro quando se tornaram violentas, sem cair em provocações", disse.

"Deixem quieto quem está quieto, senhores da burguesia e do império mais assassino, o império americano. Os venezuelanos querem paz, harmonia, tranquilidade e isto que está sendo visto hoje é união cívico militar que arde, dói", porque se trata de uma "união cívico militar indivisível, indestrutível", afirmou.

Na sexta, Maduro afirmou ter mobilizado mais de 20 mil homens de ambas as forças policiais para conter mais de 500 eventos de violência há um mês. Para ele, todos os mortos são vítimas da violência opositora.

Desde 12 de fevereiro, a Venezuela está mergulhada em uma onda de protestos contra Maduro. O saldo oficial é de 28 mortos, entre ativistas de ambos os bandos, alguns transeuntes e policiais.

Segundo Maduro, foram detidas pouco mais de 1,5 mil  pessoas --dos quais 21 funcionários da GNB e da Polícia Nacional ainda permanecem presos, acusados de uso excessivo da força.

Manifestante antigoverno protesta contra retirada de pessoas, à pedido do presidente Nicolás Maduro, de praça em Caracas, mna Venezuela. (Foto: Tomas Bravo/Reuters)

NO EL PAÍS: O chefe do Comando Sur sugere que no seio das Fuerzas Armadas venezuelanas há divisão sobre a deriva do país mas que, por enquanto, são leais a MaduroO Exército dos EUA alerta que a Venezuela avança para a catástrofe

“A Venezuela está se esfacelando diante de nós e, se não ocorrer um milagre, como a reconciliação da oposição com o Governo de [Nicolás] Maduro, vai precipitar para a catástrofe econômica e democrática”. Foi com esse tom pessimista que o general John Kelly, chefe do comando Sul dos Estados Unidos –que reúne a região da América do Sul, América Central e Caribe- falou sobre a crise que a Venezuela enfrenta e já causou a morte de 30 pessoas. O regime venezuelano está apertando o cerco à internet.

A instabilidade nesse país dominou a maior parte da fala de Kelly durante sua audiência no Comitê de Assuntos Armados do Senado. No encontro, o General da Marinha manifestou sua preocupação com “a degradação” democrática da Venezuela e disse estar confiante em que os próprios venezuelanos “resolvam” esta situação “sem que tudo saia do controle e cause uma violência ainda maior”.

“A Venezuela está se esfacelando diante de nós e, se não ocorrer um milagre, como a reconciliação da oposição com o Governo de [Nicolás] Maduro, vai precipitar para a catástrofe econômica e democrática”

General John Kelly

A presidenta brasileira, Dilma Rousseff, delegou à Unasul esta função. O general disse não ter contato militar com as Forças Armadas venezuelanas, mas afirmou que, “por enquanto”, seus comandos continuam sendo leais ao presidente Nicolás Maduro. No entanto, sugeriu que em seu seio “provavelmente existam pressões”. Kelly chamou a atenção para o fato de que, até agora, Maduro apele à polícia, não ao Exército, para enfrentar os protestos. “Isso diz bastante sobre a opinião que o Governo tem sobre o que os militares podem fazer”, assinalou.

Os senadores do comitê fizeram várias perguntas sobre a presença e o grau de envolvimento de países como Cuba e Rússia –que recentemente manifestou seu desejo de estabelecer uma base na Venezuela- na crise venezuelana e desempenhar um papel na estratégia de “repressão” por parte do Governo chavista. Interpelado a respeito pela senadora republicana e queridinha do Tea Party, Kelly Ayotte, o general foi preciso para esclarecer que quem exerce realmente “influência” no país sul-americano é Cuba. “Há assessores militares e de inteligência no terreno”, disse o general.

situação na Venezuela preocupa o Capitólio e prova disso é que, na quarta-feira, o secretário de Estado, John Kerry, foi perguntado sobre a política americana em relação a essa crise. O chefe da Diplomacia norte-americana reconheceu que o Governo se reserva o direito de impor multas, mas que, por enquanto, prefere que o resto dos países da região fomentem o diálogo entre o Governo e a oposição. O Senado está disposto a aplicar medidas punitivas o quanto antes e deixou isso claro ao aprovar na mesma tarde ao aprovar por unanimidade um resolução que insta o presidente Barack Obama a autorizar a proibição de vistos e a congelação de ativos particulares de quem está participando, de maneira direta ou indireta, na violação de direitos humanos na Venezuela.

O chefe do comando Sul também foi perguntado sobre a conveniência e os potenciais efeitos dessas multas. “Eu diria que quanto mais se limita a sua liberdade de movimentos e suas contas bancárias neste país [por EUA maior efeito terá em suas reflexões sobre o futuro”, sustentou. “Qualquer coisa que possa ser feito para que comecem a tratar melhor sua gente, para que deem um passo atrás e se afastem do caminho que tomaram, será muito benéfica para o maravilhoso povo da Venezuela.”

O chefe do comando Sur de EUA, John Kelly, durante seu comparecimento no Senado. / M. NGAN (AFP)

 

ANTES e DEPOIS:

Campanha contra a violência na Venezuela usa imagens de presidentes da América Latina
para fazer campanha um grupo chamado @ vitórias calavera, usa imagens do presidente uruguaio, José Mujica e colegas Dilma Rousseff (Brasil) e Cristina Kirchner (Argentina). # SOSVenezuela 

 

Dias atrás, o chanceler Luis Almagro, disse que houve um "99%" chance de que o presidente venezuelano, Nicolas Maduro visitou o Uruguai após tomar Michele Bachelet no Chile. Finalmente, Chávez não viajou para Santiago para que não se sabe se ainda de pé e quando a visitar.

Presidente José Mujica deu uma impressão da situação que o jornal chileno La Tercera sobre a situação existente na Venezuela Venezuela ontem. "Até onde eu posso ver, hoje, a relação essencial para a Constituição venezuelana. Sem sair da Constituição. A oposição tem os recursos para ser capaz de derrubar o governo e conseguir uma grande maioria, usando esse caminho, canalizado, e que o governo tem que cumprir com isso, fazer cumprir a Constituição. Qualquer outra solução seria trazer mais problemas do que soluções. Por que digo isso? Porque é o primeiro caso na história de um exército esquerda latino-americana. Nunca tinha visto isso. E eu sei que Exército, respeita a Constituição, mas não vai respeitá-lo se levá-la adiante ", disse ele.

Para acrescentar: Na minha opinião é uma vergonha que o apoio MEU PRESIDENTE É O QUE VOCÊ CHAMA uma "ditadura" Na Venezuela, por muitas razões. EMBORA não publicamente apoio, FEITO em várias oportunidades, e também recebem uma madura, que é um ditador para a minha compreensão.

Via Taringa.

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Fonte: G1 + El País

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