Valor Econômico -- Café: forte baixa também na BM&F

Publicado em 29/11/2013 16:47
por Fernando Lopes, Carine Ferreira e Mariana Caetano, do Valor Economico (com reprodução do CNC)
 

 

Se os preços do café voltam a desabar em Nova York em novembro, as cotações do café não têm sorte diferente na BM&FBovespa. Conforme cálculos do Valor Data baseados nos contratos futuros de segunda posição de entrega, na bolsa brasileiro o preço médio do produto recua 6,7% em novembro (o balanço foi fechado no dia 28) na comparação com o de outubro. Em relação a novembro de 2012, a queda chega a 32,76%.

Também como no mercado nova-iorquino, é a 10ª queda mensal consecutiva, e o patamar alcançado em novembro é o mais baixo desde abril de 2009. A tendência atual é provocada pela confortável oferta global e tem motivado os produtores brasileiros a pressionar o governo federal a anunciar novas medidas, como tem informado o Valor.

Mas a baixa do café é exceção na BM&FBovespa neste mês. Todas as demais commodities agropecuárias apresentaram valorizações. O destaque foi a reação do milho, que sobe 6,43% em relação a outubro. Com isso, a queda sobre novembro do ano passado fica em 24,58%. O ganho foi influenciado por medidas do governo para ajudar no escoamento da produção.

Mas o próprio enxugamento de estoques no mercado doméstico também colaborou para o aquecimento da demanda e para a valorização média observada.

O etanol, cujo consumo na região Centro-Sul do país também aumentou nos últimos meses, encerra novembro com preço médio 3,06% superior ao de outubro. Na comparação com novembro de 2012, porém, a alta é apenas marginal - 0,63%.

Os contratos de segunda posição de entrega do boi gordo também registram valorização. A média de novembro é 0,7% maior que a de outubro e 10,13% superior à de novembro de 2012, ancorada por boas demandas nos mercados doméstico e internacional.

Nesse contexto, aumentou a pressão sobre as margens dos frigoríficos, como apontaram JBS, Marfrig e Minerva na divulgação de seus resultados no terceiro trimestre. Mas em dezembro a oferta de bois voltará a crescer e as empresas tendem a ter mais alívio.

No mercado de soja, finalmente, há alta de 0,45% na comparação entre as médias de novembro e de outubro. Em relação a novembro do ano passado, entretanto, ainda há baixa de 9,97%. (FL, CF e MC)

Fonte: CNC (com Valor Economico)

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