Números mostram que PAC não passou de um factóide eleitoreiro

Publicado em 09/03/2012 06:42
blog de Polibio Braga (RS) e Lauro Jardim (de veja.com.br)

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o caráter fantasioso do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, lançado em 2007, basta pegar a lista de obras aprovadas para o RS e para os demais Estados, conferir o estado de cada uma delas e constatar a grande farsa.

. Aliás, nem é preciso viajar, porque está tudo no relatório apresentado pelo próprio governo na quarta-feira. 

. O jornal Valor desta quinta-feira, fez um pequeno resumo do relatório e constatou que 13 das 19 obras “estruturantes ”(nenhuma delas fica no RS) caminham totalmente fora do prazo, embora o governo diga que estão dentro do prazo – mas do novo prazo.

. Aliás, algumas  destas 19 obras estruturantes, que somam R$ 166 bilhões, que seriam entregues pelo próprio Lula, não serão entregues sequer por Dilma, caso ela não seja reeleita.

. O governo anunciou que Dilma selecionou 20 grandes obras para fazer visitas pessoais, visando desatar nós. Esta lista seria incluída numa espécie de PAC do PAC. 

- Viciado em PAC, o governo federal costura o PAC da Agricultura, conforme confirmou o próprio ministro Mendes Filho.


Mendes Filho está forte no ministério

Ao contrário do que transita por alguns jornais, nem de longe o ministro Mendes Filho está insatisfeito ou a presidente está insatisfeita com ele.


Rebelião do PMDB é mesmo para valer... enquanto durar

Quando saiu de Brasília para visitar Porto Alegre, nesta quinta, o senador Vicente Raupp deixou atrás de si um fogaréu político aceso pelos líderes do PMDB no Senado e na Câmara, insatisfeitos com o modo como a presidente Dilma Roussef trata os interesses do Partido.

. A grita é para valer, pelo menos enquanto durar o queixo duro de Dilma.

. A insatisfação tornada pública pelo PMDB, interessa também aos demais Partidos que são também maltratados pelo governo, com ênfase para o PDT.

. Sem jogo próprio de cintura e sem articulador político de peso e que respeite, a presidente só ouve o ex-presidente Lula, que neste momento não fala. 

- Se não houver acerto até lá, o PMDB prometeu derrotar o governo, novamente, no caso da votação do Código Florestal.


Por que Dilma foi derrotada

ANTT e Bernardo Figueiredo levam Dilma à derrota no Congresso

O voto secreto foi um dos principais responsáveis pela derrubada de Bernardo Figueiredo (leia mais em Indicação derrubada), o indicado de Dilma Rousseff para o comando da ANTT.

Momentos antes da votação no Senado, Roberto Requião apresentou requerimento para derrubar a indicação de Figueiredo. Como a votação foi aberta, o resultado foi positivo para o Planalto: 37 a trinta a favor de Figueiredo.

Na hora da análise final, Requião fez questão de pedir que José Sarney confirmasse a votação secreta. A partir da resposta afirmativa de Sarney, a rebelião se consumou.

A indicação de Dilma foi preterida pelos senadores por diferentes fatores: teve peso de ouro a atuação da bancada peemedebista, inflada por Requião e pelo descontentamento de Renan Calheiros. Falou alto também a insatisfação da base governista que chegou ao limite e explodiu. Disse Romero Jucá:

- Os senadores estão desgostosos por diversos motivos: o ministro que não atendeu, a indicação que não saiu, a emenda que não foi liberada…

O silêncio tomou conta do plenário do Senado nos instantes que antecederam a divulgação do resultado da votação. Imediatamente à revelação, parte dos peemedebistas festejou com Roberto Requião e outra parte tratou de esvaziar o plenário.

Por Lauro Jardim
19:28 \ Congresso

Recado para o PT

Um graúdo líder da base governista no Senado interpreta assim a queda de Bernardo Figueiredo da ANTT:

- É um recado claro de que o PT sozinho não consegue nada aqui. Isso aqui não é só o PT. A Dilma tem que saber que existe base também. Acabou esse negócio de mandar qualquer coisa aqui e a gente aprovar. Agora tem que conversar.

Por Lauro Jardim
19:27 \ Congresso

Gostinho de votar contra

Aloysio, radiante com a derrota do governo

Radiante com a derrota de Dilma Rousseff no plenário do Senado nesta tarde, Aloysio Nunes Ferreira resumiu assim a votação que derrubou Bernardo Figueiredo do comando da ANTT:

– Votar contra o governo é tão bom que isso não pode ser privilégio só da oposição.

Por Lauro Jardim



Fonte: Blog Polibio Braga (RS)

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