Dados da economia dos EUA impulsionam bolsas nesta sexta-feira, véspera de Natal
O desempenho das bolas de valores do Brasil e dos Estados Unidos pode ser divido em duas partes no decorrer da semana. Na primeira, os investidores mantinham a cautela com a Europa e a falta de uma alternativa definitiva para que o continente saia da crise. Com o passar dos dias, no outro lado do oceano Atlântico, a economia americana segue dando sinais de seguem em crescimento, apesar dos números modestos. O ano praticamente no fim também contribuiu para diminuir o volume de negócios nas bolsas de todo o mundo, com os investidores esperando a chegada de 2012 para buscar um novo posicionamento. Na Europa, algumas notícias merecem destaque, como a aprovação pelos países da União Europeia do aumento dos empréstimos para o FMI e também a decisão do Banco Central Europeu oferecer uma linha de crédito de cerca de 500 bilhões de euros para que bancos comprem títulos de países em dificuldade. | |||||
Cenário Externo | |||||
Nos EUA, a semana começou com a divulgação da confiança do setor imobiliário, que apresentou em dezembro um avanço em relação a novembro, ao registrar 21 pontos no período, informou nesta segunda-feira a Associação Nacional dos Construtores de Imóveis Os dados do mês anterior foram revisados para baixo e ficaram em 19 pontos. O indicador atingiu o nível mais alto desde abril de 2010. Na terça-feira, foi divulgado que as novas construções de casas mostraram uma evolução em novembro após retração de outubro. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Comércio, o indicador de casas iniciadas avançou 9,3% para um total de 685 mil unidades. O mercado estimava 636 mil. O resultado é o maior desde abril de 2010. Os dados de outubro foram revistos para baixo e ficaram em 627 mil. Já na quarta-feira, a Associação Nacional de Corretores de Imóveis informou que as vendas de casas existentes no país atingiram uma taxa com ajuste anual de 4,42 milhões em novembro, ante 4,97 milhões de outubro. Para o indicador, o mercado estimava resultado de 5,080 milhões de unidade. O preço médio das casas caiu 3,5% desde o ano passado para US$ 164,200. Os estoques declinaram 5,8% para 2,58 milhões de unidades. A quinta-feira foi, como tem sido de costume, o dia mais movimentado na agenda. Destaque para os novos pedidos de auxílio-desemprego, que recuaram em 4 mil na semana passada, para total de 364 mil, informou o Departamento de Trabalho do país. O resultado anterior foi revisado para 368 mil, de uma leitura inicial de 366. O resultado representa o menor nível de solicitações desde abril de 2008, e veio muito abaixo do esperado, de 380 mil. Além disso, foi divulgado que a economia americana encerrou o terceiro trimestre de 2011 com crescimento de 1,8%. Os números finais do período foram divulgados pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos. O mercado estimava alta de 2,0%, mesmo resultado da prévia anterior. A revisão dos números foram consequência devido ao fraco desempenho dos gastos do consumidor. O escritório regional do Federal Reserve de Chicago divulgou o resultado do seu índice nacional de atividade. O resultado de novembro, -0,37 pontos representa uma piora no cenário em relação do dado do mês anterior, que ficou -0,13 pontos. O indicador é realizado a partir de uma média ponderada de 85 outros indicadores mensais existentes. A nota máxima é 1 e a menor -1. Já o índice de confiança do consumidor, indicador apurado em parceria da Universidade de Michigan com a agência Reuters, apresentou em dezembro alta para 69,9 pontos, após ter registrado 67,7 na leitura anterior. A economia americana segue apresentando crescimento no inverno no hemisfério norte e esse ritmo deve chegar até a primavera. A conclusão é da Conference Board, que divulgou o seus Indicadores Antecedentes. O indicador apresentou na leitura de novembro alta de 0,5%, resultado influenciado pelos juros e também pelas permissões para construção no país. No entanto, a economia pode ser afetada pela crise da Europa. “Os dados da economia doméstica não condizem com a realidade global, que a cada dia perde mais força”, disse o economista chefe da Conference Board, Ken Goldstein. Finalmente, na sexta-feira, os pedidos de bens duráveis em novembro apresentaram alta de 3,8%, o maior ganho desde julho. Os dados são do Departamento de Comércio do país. O mercado estimava alta de 1,9%. No mês do levantamento, as encomendas de equipamentos de transporte e aeronaves tiveram alta nos pedidos de 14,7%, sendo que somente para aeronaves e peças a alta foi de 73,3%. Excluindo transporte, os pedidos de bens duráveis subiram 0,3% em novembro. Os gastos do consumidor e a renda pessoal dos americanos avançaram apenas 0,1% em novembro. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Comércio do país. O mercado estimava alta de 0,3% e 0,2%, respectivamente. O núcleo PCE, que exclui alimentos e custos de energia, subiu 0,1%. Durante o ano passado, o núcleo da inflação PCE subiu 1,7% As vendas de casas novas nos EUA subiram 315 mil em novembro, informou nesta sexta-feira o Departamento de Comércio do país. O resultado é o mais alto desde abril. O indicador de outubro foi revisado para cima, 310 mil, ante resultado anterior de 307 mil. Com isso, as bolsas americanas acumularam na penúltima semana do ano alta, com o Dow Jones avançando 3,7% aos 12.295 pontos e o S&P 500 ganhando 3,6% aos 1.265,30 pontos. CENÁRIO INTERNO
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