SP: Preços ao produtor sobem 2,79% na segunda quadrissemana de março
O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mensura os preços pagos ao produtor, aumentou 2,79% na segunda quadrissemana de março, 0,26 pontos percentuais acima da primeira quadrissemana. É o que informa o Instituto de Economia Agrícola da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA/Apta/SAA).
Os produtos com maiores altas no período, em comparação com o anterior, foram laranja para mesa (18,49%), tomate para mesa (17,64%), café (14,03%), ovos (13,26%), carne de frango (7,28%), milho (4,58%) e feijão (3,20%).
“Os preços da laranja de mesa refletem o impacto da demanda típica do verão sobre o consumo de sucos naturais, numa realidade de ocorrência da pressão da entressafra ‘fisiológica da planta’, ofertando menor quantidade de frutas, quando a oferta está dada e dimensionada como safra de menor oferta”, explicam os pesquisadores.
No caso do tomate, segundo eles, numa situação de demanda aquecida e safra menor, as chuvas continuadas geraram perdas de colheita, com impacto conjuntural no abastecimento do produto, elevando expressivamente os preços.
Para o café, os preços se elevam devido às pressões da demanda internacional e aos menores estoques mundiais. “No mercado interno cresceu de forma importante o consumo de café, inclusive de cafés de melhor qualidade, com impacto nos preços.”
Na produção de ovos verifica-se a menor oferta num ajuste desproporcional em decorrência da conjuntura anterior de preços baixos associada à pressão de demanda, da agroindústria de massas alimentícias e de panificação, por conta da proximidade da Páscoa, quando há um incremento do consumo desse produto.
O preço da carne de frango sofreu os impactos dos aumentos das exportações e das pressões da demanda interna, tendo em vista que a enorme oferta de produto manteve os preços sob algum controle na passagem do ano e, agora, a não-renovação dos plantéis no mesmo ritmo reverte a tendência de preços.
O milho começa a refletir as pressões oriundas do mercado internacional e a demanda interna crescente com o crescimento da economia, em especial no segundo semestre do ano passado em diante.
O feijão mostra a reversão da tendência de queda, passando a incorporar-se ao movimento convergente de alta dos preços agropecuários, dado que passou a conjuntura de oferta excedente de janeiro/fevereiro com preços muito abaixo dos custos de produção, desestimulando plantios nas safras complementares seguintes como a da seca.
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